quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Vida de cego

Olá, pessoas, tudo joia? Hoje vim contar uma das peripécias de ser cego, ressalvando que incidentes são normais até com quem enxerga. No meu primeiro passeio do ano, sobre o qual ainda haverá um post, cortei o meio dos dedos ao raspar num daqueles banquinhos de plástico. Resultado: dos dez dias na praia, fui para o mar cinco, pois mal podia colocar um calçado, por causa da dor. No passeio de carnaval, ficamos no AP de minha prima. Quando fui ir para o banheiro, achei que a porta que dava acesso à sala, onde tem a varanda onde estavam as toalhas de banho, estava fechada, abri e sai andando; só que a porta dava acesso às escadas, de onde caí e, literalmente, quebrei o joelho. Meu passeio foi pro saco, de novo. Pior são as pessoas, que tentando te ajudar, dizem: “quando estiver sozinha, fica quieta.“, ou coisas do gênero. Daí, nós, que já somos cegos e estamos fragilizado s por ter caído, nós sentimos ainda mais inúteis. Pior ainda, é quando elas não nos deixam sozinhas, pensando que somos incapazes de nós cuidarmos. E daí, quando caímos, confirmamos suas teses. E no meu caso, que devido a distrofia muscular, com o joelho quebrado, fico ainda mais dependente, daí já viram como é a palestra! Acho que vou evitar passeio, afinal de contas, 2020 não está fácil para quem quer se divertir. Pensando bem, incidentes acontecem com todos, mas tem coisas que só acontecem comigo! Melhor sorte para todos em seus passeios. E até semana que vem. Agora, terei muito tempo para postar, ja que estou de repouso por três meses. PS: não estou aqui criticando quem se preocupa conosco, afinal de contas, é sempre bom saber que tem gente preocupada. Só penso que a preocupação exagerada Incomoda a qualquer pessoa, deficiente ou não.

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