quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Nova lei do superavit, como funciona?

Olá, pessoal. Como vão?
Hojevim falar sobre algo que está em pauta: a nova lei dadiminuição do superavit primário. Quando vi na tv, ondenão foi muito bem explicado o assunto, fui a primeira a discordar, por achar que era um atestado de falencia, porém, depois de ler mais sobre o assunto, mudei um pouco meu pensamento.
Não quero aqui mudar a opinião de ninguém, apenas tenho como objetivo explicar o tema para que, baseado em fatos concretos, todos tenhamos uma opinião melhor formada.
O superavit é feito através da média entre as despesas e as receitas do governo. O lucro é o superavit, o prejuizo, se houver, é o déficit. Pela lei atual, os investimentos dos governos como o PAC e os insentivos fiscais consedidos às empresas, eram contados como despesas, e não investtimentos. De acordo com a mudança aprovada essa madrugada, eles passaram a contar como investimentos do governo.
Administrativamente falando é mais ou menos o seguinte: uma empresa tem um lucro e se utiliza dele para investir em treinamento, novas tecnologias para melhorá-la, dentre outras coisas que, mais tarde, irão dar retornos financeiros. A curto praso, isso não é bom, pois isso significa que a empresa ou o poder público não tinha dinheiro suficiente para esses investimentos; a longo praso, mais tarde isso irá dar um retorno financeiro talvez ainda maiordo que foi gasto, como novos empregos, uma vida economicamente melhor à populaçãomais pobre,entrada de novas empresas no país.
Por outro lado, os investidores de outros países, que tem uma visão de curto praso, podem perder a confiança no país e o risco brasil, ou seja, a confiança desses investidores no país, pode acabar se quebrando.
A partir dessas informaç~ões, espero ter dado pelo menos uma base do que significa essa nova lei. Não sei se consegui me explicar claramente, mas qualquer coisa, podem perguntar.

sábado, 22 de novembro de 2014

I'm going back to the start

Olá, pessoal, como vão? Devem estar se perguntando, por que o titulo do texto em inglês, e o que ele significa?
O motivo de ele ser em inglês é por ser um pedacinho de uma música que adoro, chamada the scientist, do cold play, e significa "eu estou voltando ao começo". E por que essa frase tão profunda?
Toda minha vida, tenho feito de tudo para ela ter uma continuidade, e não para ela voltar para trás, mas o fato é que nunca consigo. Eu sempre preciso voltar ao começo, e esse é um desses momentos. Momento de me conhecer melhor de novo, de mudar atitudes, pra ver se, dessa vez, a vida tenha uma continuidade, e não um retrocesso.
Nesses dias, aprendi que sou controladora, gosto de tudo que esteja dentro do meu controle, sem sair do lugar. Sou meio egoista, gosto que os outros entrem no meu mundo, e não entro no mundo de ninguém. E sou egocentrista, tudo gira a minha volta. E tenho a consciencia de que para que algo mude na minha vida, e para que ela tenha continuidade, preciso mudar essa parte.
Mas tomar consciencia disso já é um bom começo, e principalmente, tentar mudar isso é o passo principal. Espero, da próxima vez que aqui entrar, dizer que minha vida continuou, e não que estou de volta ao começo outra vez.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Mulheres com deficiencia no mercado de trabalho


Olá, pessoal, como estão?
Hoje venho publicar uma matéria que saiu na Rede Saci, que vem confirmar minha teoria. Nessa matéria, fala sobre uma pesquisa do IBGE que nos mostra que as mulheres com deficiencia tem menos chance de entrar no mercado de trabalho do que mulheres com deficiencia. Além disso, as mulheres com deficiencias mais severas tem chances ainda mais reduzidas.
Espero que essa matéria sirva como estudo para alguém que como eu, um dia precisaram de material para estudo e não encontraram.

Mulheres com deficiência têm maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho do que os homens.


Da RedaçãoMulheres com deficiência têm maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho do que os homens, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (31). A participação das pessoas sem nenhuma deficiência, com idades entre 16 a 64 anos, na população economicamente ativa é de 81,8% dos homens e 61,1% das mulheres. Se têm alguma deficiência, essa proporção cai para 56,4%, entre homens, e 43,1%, entre mulheres.

Mulheres com deficiência motora severa ou intelectual tem a menor participação na população economicamente ativa: 34,8% e 20 8%, respectivamente. As maiores participações de mulheres nessa situação foram encontradas em Palmas (54,5%), Brasília (54,1%) e Macapá (53,7%).

No Brasil, das 45,6 milhões de pessoas (23,9% da população total), que têm algum tipo de deficiência, 25,8 milhões são mulheres (26,5% da população feminina) e 19,8 milhões são homens (21,2% da população masculina). Em termos de deficiência “severa” (as que declararam ter “grande dificuldade” ou “não consegue de modo algum” enxergar, ouvir ou caminhar/subir escadas) ou deficiência mental/intelectual, foram identificadas 12,8 milhões de pessoas (6,7% da população total), sendo 7,1 milhões de mulheres (7,3% da população feminina) e 5,7 milhões de homens (6,1% da população masculina).

Com o envelhecimento da população – principalmente a feminina -, a proporção de pessoas idosas com deficiência severa é maior: 29% das mulheres com 65 anos ou mais e 24,8% dos homens na mesma faixa etária. O acesso à escola é um dos grandes desafios a ser enfrentado pelos governos. Enquanto 97% das crianças de 6 a 14 anos, sem deficiência, frequentam a escola; esse índice caiu drasticamente para as que têm deficiência motora severa (somente 67,6% dos meninos e 69,7% das meninas nessa faixa etária vão à escola).

Fonte: Diário de Pernambuco

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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Um diferente olhar sobre a beleza.


Olá, pessoal. Como vão?
Faz tempo que não faço publicações no blog. E dessa vez, vou publicar sobre algo que conheço bem, sobre a vaidade entre as mulheres cegas. Muita gente se pergunta como somos vaidosas, como nos arrumamos sendo cegas... E vai aqui minha explicação, através de uma menina que ficou cega e que, antigamente, se fazia essa pergunta.
Faço minhas todas as palavras dela, sem ressalva alguma.O texto é retirado da rede saci, do dia 13 de outubro de 2014.

 VAIDADE ALÉM DO ESPELHO
Rede Saci
13/10/2014
por Daniela Kovács, palestrante, especialista em Direito do Trabalho pela PUC/SP, chefe da acessibilidade do TRT/SP
Daniela Kovács
A possibilidade de cegar já me fez perder a vaidade, pensava que se deixaria de ver era porque o externo não tinha a menor importância.
Imagine não se ver. Será que o externo não perderia a importância para você?
Eu já pensei assim. Quem sabe para minimizar a dor, entender a cegueira. Estava a um passo da depressão, quando deixamos de nos gostar, de nos cuidar.
Tive medo do desconhecido, da cegueira, do escuro. Não entendia como eu poderia me sem tir bonita, sem me ver. Hoje sei que a vaidade é essencial e vai além do espelho. É imprescindível à autoestima.
Posso escolher minhas roupas, se não puder vê-las, sentirei o tecido, o corte, perguntarei a cor. Vaidosa sim, e feliz. Aprendi a me cuidar de outra forma.
Descobri recentemente a possibilidade de me auto-maquiar, mesmo sem enxergar, me fez tão bem. Passei a me sentir mais bonita e confiante.
Aprendi que a beleza é um estado de espírito e vem de dentro para fora. Quando me sinto bonita, sou bonita, e será assim que as outras pessoas irão me ver.
Eu pensei um dia que o fato de não enxergar e não conseguir conferir e corrigir minha própria maquiagem era uma barreira intransponível. Descobri que o primeiro passo para conseguir algo, seja o que for, é tentar e acreditar. E se eu consegui todas conseguem.
Já dei até dicas de maquiagem na internet, ensinando, passo a passo, como fazer. E um dos meus projetos é um curso de maquiagem para meninas com deficiência visual.
Despertei para a beleza, mesmo sem me ver. Na verdade a perda da visão contribuiu para que eu me tornasse mais vaidosa, prestando atenção na maquiagem, num acessório, sapatos bonitos (com salto grosso de preferência, pois a perda da visão influencia no equilíbrio), bolsas, chapéus, lenços, cores (hoje que não vejo gosto mais de cor-de-rosa que antes). E, quem diria, conheci o mundo da moda, depois que perdi a visão e assim cheguei às passarelas, ou melhor chegamos, o Basher, meu cão guia, e eu. Desfilar, para mim, significou muito, foi como dizer a quem está passando por um processo de perda não desista, acredite em você.
E para não faltar com a verdade, confesso aqui que quando criança fiz um curso de modelo e manequim, com direito a ensaio na passarela e tudo. Só que meu primeiro contato com o mundo fashion não foi lá muito bom, derrubei minha amiguinha de cima da passarela enquanto ensaiávamos, acho que não a vi.
Tenho baixa visão desde criança, ou seja: enxergo pouco desde que nasci. Mas nunca havia aceitado que não enxergava, até o dia em que piorei bastante, de uma hora para outra.
Antes tropeçava e disfarçava, fingia que enxergava a lousa na escola ou algo que estivesse longe. Criei alguns mecanismos de disfarce, como um sorriso ou desviar o olhar e o mais engraçado é que nem eu mesma percebia tudo isso.
Numa noite estava trabalhando, eram quase onze e meia, fui dormir, exausta, continuaria no dia seguinte e não pude, quando acordei não via.
Hoje brinco dizendo que deve ter sido castigo porque ninguém tem de levar serviço para casa no final de semana e trabalhar a essa hora da noite numa sexta-feira, ainda mais analisando processo judicial. E essa brincadeira mostra bem que o tempo modifica tudo. Embora tenha sido muito difícil passar por esse processo de perda severa da visão hoje agradeço a Deus que ele tenha acontecido, porque como minhas limitações passaram a ser maiores tive de aprender a lidar com coisas que eu conseguia esconder até então.
Eu nunca tinha conviviido com pessoas com deficiência, jamais havia dito a alguém que eu não enxergava; na verdade eu nunca havia me aceitado. Descobri que quando não nos aceitamos vivemos num processo de constante agressão a nós mesmos.
A deficiência visual me ensinou muitas coisas, a desenvolver a humildade necessária para pedir ajuda constantemente e, principalmente, a olhar para o lado e perceber que haviam dores e dificuldades maiores que a minha, sempre há. E assim descobri razão para a minha vida e passei a lutar pela inclusão social de pessoas com todo tipo de deficiência, essa foi a tese da minha especialização A INCLUSÃO NO TRABALHO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA e é com isso que trabalho hoje.
Não é a toa que no mundo jurídico o trabalho é chamado de direito fundamental. É através dele que o ser humano resgata a sua cidadania. Mas a inclusão social da pessoa com deficiência vai muito além, passando, inclusive, pelo mundo da moda e da beleza.
Um novo olhar para o belo me ensinou que a vaidade não é uma coisa ruim, como muitos pensam, nos cuidar e nos valorizar é o verdadeiro significado do autoamor.

sábado, 27 de setembro de 2014

Incluindo os excluidos

Olá, pessoal. Como vão? Hoje vim falar sobre um assunto que está muito em voga no momento: a inclusão das minorias nas novelas globais. Será que toda a minoria está sendo realmente incluida? Vou opinar sobre isso.
Os homossexuais estão sendo muito incluidos nas novelas globais, assim como os negros, que deixaram de fazer o papel do favelado ou da doméstica para ganharem papel de destaque. E eu acho isso maravilhoso, pois não podemos mais fingir que os homossexuais não existem ou que os negros não ocuparam lugar de destaque na sociedade. Os homossexuais já estão em número grande na sociedade, e me arrisco a dizer que a maior parte das pessoas tem um gay na familia.
Mas acredito que não são todas as minorias que está sendo incluida. Por exemplo, por que não colocar um deficiente em toda a novela? A  final de contas, 24% das pessoas tem algum tipo de deficiencia, ou seja, boa parte das pessoas tem um deficiente na familia. Mas não o deficiente que se supera, e blablabla, aquela coisinha piegas que todo mundo faz, mas o deficiente como uma pessoa normal, que trabalha, namora...
Acredito que só mostrando o deficiente na midia, sem pieguismo, é que as pessoas irãoo achar mais "normal" a convivencia com um deficiente, perceberão que somos pessoas iguais às outras, que podemos fazer de tudo e um bom pouco mais. Assim como perceberam que o homossexual não é apenas uma pessoa escandalosa e promiscoa, como se dizia antes, mas é uma pessoa que sofre, ama e vive igual a todo mundo, apenas com uma opção sexual diferente.
A  midia tem um papel de esclarecer a sociedade sobre os mais variados temas, e quando se propões a fazê-lo, presta um serviço de grande importância. Então, tá na hora de fazer con que esse papel seja cumprido  também com relação ao deficiente.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Orgulho de ser gaúcho, será?

Olá, pessoal. Tudo joia? Hoje vim falar de algo que antes eu tinha, mas diante dos acontecimentos, está abalado: o meu orgulho de ser gaucha.
Percebi, com os ultimos acontecimentos, que o gaúcho se assemelha sim ao europeu, como tanto gosta de pregar, até nas piores coisas, como o racismo, por exemplo. E não falo apenas do caso isolado da torcida gremista, mas por tudo que vejo. Em muitas regiões do estado, ser negro é como ter o atestado pra ser humilhado. A intolerância com a raça que ajudou a construir o país é uma coisa muito triste.
E o preconceito não está apenas nas ofenças diretas, mas está nas piadinhas sem graça, nos olhares desconfiados para um negro, entre mil outras coisas.
E o  recente caso de intolerância com homossexuais foi a gota d'água para abalar meu orgulho gauchesco. Em primeiro lugar, por que os gays não podem usufruir de um centro de tradições gaúchas, como qualquer outra pessoa? A  final de contas, é pessoa igual a qualquer outra, que tem  os mesmos gostos e anseios que todos nós.
Mas sem entrar nesse mérito, pois até entendo que alguém não aceite a homossexualidade, por questão de conflito de gerações, de costumes arraigados. E seria até preconceito obrigar alguém a aceitar algo com a qual não está acostumado. Mas diferente de aceitar é tolerar.
Por que tinha que colocar fogo no CTG, que diga-se de passagem, nem faz mais parte do movimento de tradições gaúchas a 8 anos? O que quer se provar com isso? Que macho que é macho não aceita essas coisas? O que muda na vida dessa pessoa fazer um casamento gay no ctg, no bar da esquina, ou em qualquer outro lugar? Não, nada disso, é apenas pra mostrar que gaúcho que é gaúcho combate essa gente, como diria um certo candidato a deputado gaúcho.

Diante disso e com a proximidade da semana farroupilha, não festejarei mais o evento com o mesmo orgulho e amor de antes, pois na minha opinião, o gaúcho se tornou o povo mais egocentrista, intolerante e irracional que há no país. E é com muita tristeza que constato isso. Espero que a nova geração de gauchinhos seja bem melhor do que essa. Oremos!

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Profissionais qualificados deixam de concorrer a vagas para pessoas com deficiência

Olá, pessoal, como vão?
Hoe vim falarsobre uma reportagem retirada da rede saci, que nos mostra o por que as pessoas com deficiencia não estão concorrendo às vagas destinadas a elas. A reportagem mostra também, porquê a percepção sobre o número de deficientes qualificados é diferente entre as pessoas com deficiencia e as empresa.
Espero com essa reportagem, esclarecer a todos que deficiência não é sinal de incapacidade, e assim, penso também que ela pode mudar a visão dos empresários quanto a essas pessoas, fazendo com que a pessoa c om deficiência tenha, como qualquer outra, um plano de carreira digno.

Profissionais qualificados deixam de concorrer a vagas para pessoas com deficiência


Folha de S.Paulo

11/08/2014

De acordo com Jaques Haber, sócio-diretor do i.social, consultoria especializada em colocação de pessoas com deficiência, isso acontece porque as vagas somente para esse público têm um perfil que exige menos qualificação e oferecem remuneração mais baixa.

Victória Mantoan

Fabio Gomes Alencar, 34, é formado em administração e tem pós-graduação na área financeira. Ele também é cadeirante, o que permitiria que concorresse a empregos específicos para profissionais com deficiência oferecidos pelas empresas para preencher cotas previstas em lei. Mas ele opta por participar dos processos seletivos gerais por não encontrar vagas adequadas à sua qualificação.

"As vagas para profissionais com deficiência são extremamente operacionais. Tem aquele paradigma de que deficientes só podem fazer coisas mais simples", conta Alencar, contratado pela HP como gerente de planejamento de negócios no fim do ano passado.

De acordo com Jaques Haber, sócio-diretor do i.social, consultoria especializada em colocação de pessoas com deficiência, isso acontece porque as vagas somente para esse público têm um perfil que exige menos qualificação e oferecem remuneração mais baixa.

Na última terça-feira (5), das 13,7 mil posições disponíveis para esse público no Vagas.com, um dos maiores sites de emprego do Brasil, 82% eram para a área operacional. Outras 8% eram para o nível júnior ou trainee. Só havia uma para a diretoria.

Por causa disso, Manoela Costa, gerente-executiva da empresa de recrutamento Page Personnel, diz que hoje é comum que candidatos não queiram mais se candidatar a vagas exclusivas.

Segundo ela, isso acontecem porque eles sentem que as oportunidades de crescimento na carreira ficam limitadas. "Algumas empresas estão mais preocupadas em preencher a cota e acabam restringindo a área de atuação do profissional", afirma.

Uma lei em vigor há 23 anos determina que de 2% a 5% dos empregados de empresas com mais de cem funcionários devem ser pessoas com deficiência. A proporção da cota varia de acordo com o tamanho da força de trabalho da companhia.

De janeiro de 2010 a julho deste ano, o Ministério Público do Trabalho em São Paulo recebeu 717 denúncias contra empresas por descumprimento da norma.

Disputa Difícil

Para esses profissionais, entretanto, a concorrência nas vagas gerais pode ser difícil. "A dificuldade que eles podem ter é se candidatar a vagas que não são exclusivas e serem descartados pela deficiência", afirma Costa.

Gonçalo Moreira Araújo, 40, é formado em administração e tem pós-graduação em gestão de negócios. Ele conta estar com dificuldade para encontrar um emprego adequado ao seu perfil.

Araújo perdeu a articulação do joelho direito depois de um acidente que sofreu aos 17 anos, o que faz com que ele tenha problemas de locomoção. Ele não quer ficar em um trabalho operacional, ou de auxiliar, que não corresponde à sua experiência.

Mas diz que dificilmente é convocado para entrevistas "Teve uma empresa só que me chamou, se interessou, mas não fechou comigo."

Segundo recrutadores, é indicado que os profissionais sejam transparentes em relação à deficiência e coloquem a informação no currículo para não causar surpresas no restante do processo seletivo.

Isso porque o entrevistador já pode se preparar para o caso de o candidato precisar de alguma adaptação para a seleção e a empresa pode avaliar se tem capacidade de receber o profissional.

Uma das principais críticas de profissionais que entram em vagas exclusivas para pessoas com deficiência é a falta de um plano de carreira.

Robson da Silva Lopes, 37, formado em administração, diz que trabalhou em um banco entre 2006 e 2008 após ser contratado pela lei de cotas. "Só fui contratado para preencher cotas. Não tinha tratamento igual ao dado a outros profissionais", diz.

Depois, foi trabalhar em uma montadora após ter participado do processo seletivo convencional e diz ter recebido tratamento igualitário.

Lopes teve a perna amputada em um acidente de trem em 1994. Ele conta que está procurando emprego há três meses, mas credita a dificuldade de se recolocar no mercado à má fase da economia -em parte porque seu problema não exige que as companhias façam grandes adaptações, que já estão previstas em lei, como rampas.

Especialistas recomendam que os candidatos sejam extremamente transparentes quanto às suas limitações durante o processo seletivo, deixando claro, se for o caso, quais as adaptações necessárias. Entretanto, isso deve ser feito da forma mais natural possível.

"A pessoa vai ter alguma limitação, ou restrição, mas é muito importante mostrar tudo o que ela pode fazer naquele trabalho", recomenda Guilherme Braga, diretor da Egalitê Recursos Humanos Especiais.

Para profissionais como Alex Garcia, 38, que é surdocego, as dificuldades são maiores. Ele foi a primeira pessoa com a condição a conseguir completar um curso superior no Brasil e hoje atua fazendo trabalhos de conscientização e orientação das famílias de surdocegos.

Ele explica que a entrada no mercado de trabalho é difícil porque a educação não consegue alcançar as pessoas com essa deficiência e o mercado de trabalho pressupõe um déficit de capacidade.

Muitas companhias relatam dificuldades para preencher as cotas pela dificuldade de encontrar profissionais qualificados, mas Braga afirma que, mais do que capacitar os profissionais deficientes, é necessário preparar as empresas para recebê-los.

"Existem mais pessoas com deficiências do que vagas. As companhias têm essa percepção de ter poucos candidatos porque elas não conseguem englobar diversos tipos de deficiências", diz.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Discutindo a sexualidade: os deficientes também amam!

Olá, pessoal. Como estão?
Hoje vim postar um artigo que achei sobre a sexualidade e a pessoa com deficiencia. O artigo fala p si mesmo, por isso, não vou falar sobre ele. Espero que gostem!
Ele foi retirado da rede SACI.

 Discutindo a sexualidade: os deficientes também amam!

Dolores Affonso*


A discussão sobre a sexualidade humana não é nova, nem privilégio de alguns setores sociais, mas responsabilidade de toda a sociedade. Quando falamos em sexualidade, pais, escolas, profissionais, governos, etc., ficam de cabelo em pé por fatores como medo de doenças sexualmente transmissíveis, promiscuidade, gravidez na adolescência ou por outros motivos.

Apesar de toda a repressão da sociedade em relação ao assunto, torna-se não apenas necessário, mas essencial para se ter uma melhor qualidade de vida, tendo em vista que o amor, o relacionamento e o sexo são partes importantes do conceito de vida plena e feliz.

Uma educação familiar pouco esclarecedora, a vergonha do próprio corpo, a timidez para se marcar um encontro, entre outros, são alguns limitadores que inibem as pessoas a tal ponto de não se permitirem ter relacionamentos afetivos ou sexuais sadios, plenos e satisfatórios ao longo da vida. Mulheres que se acham gordas, homens que se acham feios, etc.

Quando se trata de pessoas com deficiência, o tabu se torna ainda maior, fazendo com que sejam excluídas dos relacionamentos amorosos ou sexuais, não apenas pelas pessoas desencorajadoras ou protetoras que as cercam, mas pelo preconceito ou por elas mesmas. De tanto sofrerem ou se sentirem “imperfeitas”, “não atraentes”, acabam se achando incapazes de participar ativamente do “jogo da sedução”, evitando determinadas situações, locais e interações, pois acreditam que não será possível dar e sentir prazer ou encontrar uma pessoa que as “queiram”.

Acredita-se que, por ser cega ou surda, uma pessoa terá dificuldades para se relacionar, “conquistar” ou até mesmo durante o ato sexual. No caso dos cadeirantes, muitos acreditam que perderam por completo a possibilidade de sentirem prazer. E assim por diante, perpetuam-se preconceitos, medos e ignorância.

Muitas iniciativas buscam desmistificar a sexualidade da pessoa com deficiência, como:

- Sites de relacionamentos: Visam transpor as barreiras dos encontros, das paqueras e da desilusão, mostrando-se como é (pessoa com deficiência) para não haver mal-entendidos. Por outro lado, podem se tornar mais uma forma de afastar essas pessoas do convívio social e sadio.

- Encontros “programados” ou sexo pago: No Brasil, ainda há um preconceito muito grande com relação à prostituição, diferentemente de países como Suíça e Holanda, onde já é legalizada. Este artifício facilita o acesso à vida sexual, entretanto, muitos se perguntam se é sadio, pois seria uma vida sexual “ilegal” e desprovida de sentimentos e relacionamento.

- Reeducação sexual: Muitas vezes realizada por um profissional da área de sexologia ou saúde, como terapeutas sexuais, ajuda a pessoa com deficiência a redescobrir seu corpo, suas áreas e fontes de prazer e a superar o medo, a vergonha e o preconceito. Ao se descobrir ou redescobrir, é possível encontrar formas de satisfação pessoal e isso facilita muito a mudança de postura diante de potenciais parceiros sexuais.

A visão distorcida de que essas pessoas não têm direito a uma vida amorosa ou sexual, seja porque são rotuladas de “anjinhos”, como ocorre com as pessoas que possuem alguma deficiência intelectual, por exemplo, Síndrome de Down, porque são consideradas um “perigo à sociedade” ao tornarem possível a reprodução de um determinado “defeito”, ou vistas como “promíscuas” por já serem idosas, é alimentada principalmente pela falta de informação.

É preciso mostrar para as pessoas que a sexualidade faz parte da vida, não apenas para a reprodução, mas para o desenvolvimento da saúde física, mental, psicológica, emocional, ou seja, para viver uma vida plena, independentemente da falta de um sentido, de um membro ou do vigor da juventude.

Para ajudar a desmistificar a sexualidade da pessoa com deficiência, o Congresso de Acessibilidade, evento online e gratuito, a ser realizado no período de 21 a 27 de setembro no site www.congressodeacessibilidade.com trará essa discussão para dentro de seus lares, mostrando tanto a visão do deficiente como de profissionais da área com o objetivo de transformar vidas, mostrando que não somente todos têm direito a uma vida sexual ativa e feliz, como devem lutar por isso!



* Dolores Affonso é coach, palestrante, consultora, designer instrucional, professora e idealizadora do Congresso de Acessibilidade (www.congressodeacessibilidade.com).

domingo, 20 de julho de 2014

SOZINHA NUNCA!

Olá, pessoal. tudo joia? Faz tempo que não posto por aqui, por falta de idéias mesmo, mas agora, pensando em mim mesma, resolvi fazer essa postagem.



Olá, pessoal. Como vão?


Estava pensando na minha necessidade enorme de ficar sozinha comigo  mesma-- vejam só, eu, que só pedia pra ter mais amigos, agora quero ficar só-- , necessidade que não tem sido satisfeita. E me lembrei do meu tempo de adolescente, onde eu não tinha internet, computador sequer, e me fechava no meu quarto, ouvindo música e pensando besteira.
E agora, com tanta tecnologia à disposição, tanta gente ao redor, fazendo tudo ao mesmo tempo, essa solidão tem sido tão rara, e ao mesmo tempo, tão necessária....
Quantas vezes precisamos pensar um pouco na vida, refletir sobre o dia, mas a vontade de estar na internet, rodeado de pessoas, mesmo que seja através de um cabo de fibra ótica, nos vence, e deixamos a vida pra lá. E arranjamos tempo pra tudo e pra todos, e pra todas as atividades, mas pra nós mesmos, com nossa espiritualidade, com nossa consciencia e nosso coração, tem ficado cada vez mais espaçado, quando não totalmente inexistente...
A solidão não nos satisfaz mais, queremos o mundo a nossa volta, queremos tudo ao mesmo tempo, e mesmo quando a cabeça pede um tempo, não a obedecemos. E fico pensando, será que vamos aguentar tanta carga de tanta coisa ao mesmo tempo? Será que é ó o trabalho que stressa ou o mundo moderno também é stressante por si só? Será que nossa fome por mais pessoas, mais festas, mais tecnologia, não vai nos levar ao abismo psicológico?
Hoje consegui esse tempo pra ficar sozinha comigo mesma, mas vejam, estou aqui, na internet, escrevendo. E daqui a pouco, vou pra o mundo virtual da vida, porque senão, minha conversa comigo acaba numa bela noite de sono adiantada, tamanha é a agitação do cérebro, que clama por atividade, por informação, por saber mais e não perder um segundo. Quando terei meu próprio tempo? Vai saber... E você, quando terá o seu?

segunda-feira, 23 de junho de 2014

O que é essa tal fidelidade?

Oi pessoal, tudo joia?
Hoje estavamos conversando, e o assunto foi fidelidade. Disseram-me o seguinte: a fidelidade não existe. Então, resolvi meter meu bedelho sobre o assunto, apesar de não manjar de relacionamentos.
O primeiro ponto é saber: o que é fidelidade: pra mim, fidelidade é abrir mão de desejos unicamente sexuais para viver um verdadeiro amor. Sim, porque eu acredito que não exista aquela fidelidade em que você não sente atração por mais ninguém nomundo, já que a atração é inerente ao mundo animal, que nós vivemos. Mas, se você abremão de viver esse desejo físico para se dedicar a uma pessoa, eu considero isso fidelidade sim.
Depois, acredito que se não há esse tipo de fidelidade é porque não há verdadeiro amor. Porque o amor de verdade renuncia, e não se desaba por qualquer desejo. Se nos deixamos levar por um desejo é porque não amamos. E se não amamos, pra quê continuar junto? Por gostar como amigo?
Acredito que isso é egoismo, porque quem gosta de verdade libera o outro para que encontre alguém que o ame como você não o ama. Mas prefere, por qualquer motivo, mantê-lo preso e mendigando por um amor que não existe.
Pode ser que minha opinião desagrade a muitos, mas é o que eu penso. Penso que o amor, seja de amigo ou de amante, é liberdade, é deixar ir, com confiança e com fidelidade, que eu acredito que exista sim.  E se você não consegue ser fiel, libere seu parceiro, mesmo gostando dele, porque essa é a maior demonstração de sua amizade e seu carinho, deixar que o outro encontre seu verdadeiro amor, já que você não pode o ser.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Qual meu papel no mundo?


Oi pessoal. Tudo joia?
Hoje estava analisando o quanto cobramos coisas dos políticos, o quanto aliás, só cobramos coisas dos políticos. E  fiquei pensando: será que meu papel na sociedade é realmente só o de reclamar? será que não colaboro em nada pra que tudo continue como está? qual realmente meu papel na sociedade?
É claro que em muitas coisas, o político é o principal protagonista, como segurança pública, conserto de ruas, em dar educação e saúde para o povo. Mas, e o que fazemos com os benefícios que os políticos, nos dão, claro, não fazendo mais do que sua obrigação?
Por exemplo: existe o proune, onde basta a nota do ENEM para que o estudante de escola pública faça uma faculdade. Mas e eu, estudo para passar no ENEM e fazer uma faculdade?
O governo dá o bolsa tudo e junto vários cursos para que a pessoa comece a caminhar por suas próprias pernas. Mas eu realmente quero caminhar sozinho ou é mais cômodo depender do governo? Sendo assim, a culpa pela minha pobreza é minha ou do governo?
A prefeitura faz o recolhimento de lixo em dias certos em todas as ruas, noentanto, eu jogo qualquer coisa, a qualquer hora, nas ruas da cidade, sem me importar com o outro. Nesse caso, a sujeira da cidade é culpa de quem, minha ou do governo? Assim como quando jogam lixo no rio, a culpa das enchentes é minha ou do político?
E se vem a copa para o Brasil, e na época não faço nada contra, de repente, quando a copa já é confirmada, quero fazer mil protestos. Será que não fui conivente com a maldita copa?
Como vimos, os políticos, apesar de seu protagonismo, não agem sozinhos para que a sociedade se melhore. Nós, como cidadãos, temos papel primordial para que o mundo, o país, o estado, a cidade e nosso bairro sejam melhores. Basta que paremos apenas de reclamar do outro e façamos a parte que nos cabe para melhorar nosso pequeno mundinho.
E se o político não faz sua parte, mudemos isso ou através de manifestações pacíficas e de cara limpa ou através de nossa maior arma: o voto.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Carta ao amor da minha vida


Olá, pessoal. tudo joia?
Quero compartilhar pra vocês, ja que está pertinho do dia dos namorados -- que eu abomino, diga-se de passagem-- uma linda declaração de amor de um homem para o futuro amor de sua vida. Espro q gostem.
PS: o abomino foi pura dor de cotovelo... hahahaha.

De verdade, meu bem, eu não acredito que você exista. Mas cheguei à conclusão de que, se não for por amor, que seja por você.




Que eu te encontre num dia ensolarado, nublado, chuvoso, com névoa e te diga alguma coisa. Que eu te reconheça no momento exato em que puser meus olhos

em você. E que você saiba que houve um encontro ali. Que você esteja vestida de vermelho, amarelo, azul, verde, preto e branco. Que você me ache engraçadinho,

pelo menos. Quem sabe tímido, quem sabe babaca demais, quem sabe charmoso, quem sabe eu nem te chame a atenção. Mas que você me veja com bons olhos e eles

encontrem os meus. Que eu acerte a cor dos seus olhos numa brincadeira qualquer. E que aí você perceba o quanto eu te enxergo em tão pouco tempo. Que você

seja amiga de algum amigo, ou a gerente do banco, ou a colega de faculdade, ou a menina bonita da balada, ou filha da amiga da minha mãe. Que você se encante

comigo de alguma maneira. Que você se permita me conhecer melhor e saber que eu sou legal, ou que sou interessante, ou que não tenho nada a acrescentar

a você, ou que eu sou um completo egoísta, ou que eu tenho um blog bacana que fala dessas coisas bonitas que as pessoas acreditam. Mas que você não seja

um ponto final. Que seja as aspas, as reticências, o parágrafo, o travessão. Que você seja.



Que você saiba como eu sou complicado, ou que eu sou desajeitado, ou que eu sei dançar muito bem, ou que eu piso no seu pé porque não sei andar em linha

reta, ou que eu detesto o cheiro de queijo ralado. Mas que você decida ficar e me conhecer mais, seja por curiosidade ou porque acha que pode se encontrar

no meio da minha bagunça. Que a gente se conheça aos poucos, aos muitos, aos tantos, aos beijos, aos toques, aos olhares, aos filmes de fim de tarde, aos

cheiros de perfume novo, aos dias de dormir de conchinha, aos minutos de ligações intermináveis.  Que você possa contar comigo, possa dormir comigo, possa

brigar comigo. Que você não se arrependa naqueles momentos em que a gente questiona o amor, que você tenha orgulho de me mostrar pras suas amigas e que

elas tenham inveja de você. Que eu possa te trazer café na cama, te dar um beijo de surpresa, te ver sem maquiagem, te morder até você ficar sem graça.

Que eu não seja odiado pelos seus pais, que eles não me chamem de filho, que seu irmão torça pro mesmo time que eu. Que você me queira como pai dos seus

filhos, que você se orgulhe de mim, que você esteja linda quando entrar na igreja.



Que eu possa te fazer sonhar. Que eu possa realizar os teus maiores sonhos e te consolar caso alguma coisa dê errado no meio do caminho. Que eu não saia

nunca do seu lado, nem quando você pedir. Que os seus dias de TPM sejam lembrados com risadas e justifiquem aqueles quilos a mais que você ganhar com o

brigadeiro. Que você chore bastante. Chore de rir, chore de saudades, chore de alegria. Que eu possa garantir que você não vai se machucar. Que o nosso

filho tenha os seus olhos, a sua boca, o seu nariz. Que ele me lembre todos os dias de você. Que a gente caia um pouco na rotina e não mude por isso. Que

a gente saia da rotina e se encante com algumas aventuras de vez em quando. Que a gente saiba reconhecer o valor da companhia do outro. Que eu te ame como

nunca amei ninguém e que você me modifique da maneira que o seu amor quiser.



Mais importante que isso tudo: que você exista. E que não demore tanto pra chegar na minha vida.



terça-feira, 3 de junho de 2014

Livro em braille tem contos de escritores famosos e não será lançado em tinta

Imagine chegar a uma livraria e descobrir que saiu um livro com crônicas inéditas de alguns dos seus escritores favoritos. Imagine também que você não poderá ler esses contos porque estão escritos em braille – e você não lê braille.


Mônica Vasconcelos

A Fundação Dorina Nowill acaba de lançar este livro. “Palavras Invisíveis” traz crônicas de Luis Fernando Verissimo, Lya Luft, Eliane Brum, Ivan Martins, Fabrício Carpinejar, Martha Medeiros, Tati Bernardi, Carlos de Britto e Mello, Antônio Prata e Estevão Azevedo.



O livro não será lançado em tinta. A ideia é fazer com que o público vivencie uma experiência corriqueira na vida de pessoas com deficiência visual: a exclusão. E que dessa vivência surja um resultado positivo: que o público reflita e comece a pensar – e agir – de forma mais inclusiva.



No Brasil, 95% dos livros publicados não são lançados em formatos acessíveis - como áudio, Daisy (Digital Accessible Information System), fonte ampliada e braille, por exemplo.



Além da versão em braille, “Palavras Invisíveis” também está disponível em vídeos no YouTube. Neles, pessoas com deficiência visual leem as crônicas para a câmera.



Como um convite à reflexão sobre o significado do conceito de inclusão, o livro “Palavras Invisíveis” de fato cumpre um papel – até mesmo por suas limitações.



Sem uma versão do texto em tinta ou em formato digital e sem a disponibilização de um vídeo em Libras (Língua Brasileira de Sinais) a iniciativa exclui, por exemplo, as pessoas com deficiência auditiva. Estas não terão acesso ao conteúdo em braille nem ao vídeo com áudio oferecido no YouTube - que, por sinal, também não permite leitura labial, já que a câmera muitas vezes deixa de focar o rosto da pessoa que lê para mostrar suas mãos sobre o livro em braille.



A assessora de imprensa da Fundação Dorina Nowill, Priscila Saraiva, disse que comentários e sugestões são bem-vindos. Ela explicou que a Fundação recebeu ofertas de outros escritores interessados em participar de um segundo volume de contos, o que criaria oportunidades para que as sugestões fossem incorporadas.



Formatos alternativos



“Palavras Invisíveis” busca provocar o público de maneira positiva e inteligente. E, ao fazer isso, o projeto também ressalta quão incipiente é a discussão sobre inclusão no Brasil.



"No Brasil, avançamos nas leis, nas políticas, mas não temos prática social inclusiva, especialmente na comunicação. Cardápios em bares, guias turísticos, filmes, livros", disse à BBC Brasil a jornalista e escritora Cláudia Werneck, fundadora da ONG de fomento à inclusão Escola de Gente.



Autora de vários livros sobre inclusão, Werneck diz que é nessa área – acessibilidade na comunicação – que ocorrem as mais graves formas de discriminação.



"Sem acessibilidade na comunicação, as pessoas com deficiência não podem ter acesso à informação, não podem se expressar, acompanhar o debate político, expressar modos de vida e saberes para contribuir com a evolução humana na sociedade. A exclusão gera atraso em processos políticos, econômicos, sociais. Não temos acesso a conteúdos privilegiados. Porque o saber a ser oferecido por pessoas com deficiência é de extrema importância e a sociedade precisa receber esse saber como algo indispensável ao seu conhecimento, não como algo que emociona e faz chorar."

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Fonte: http://www.saci.org.br

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Algumas coisas não mudam

Bom dia, pessoal, tudo joia? Por aqui, apesar do frio e do tempo fechado, tudo maravilhoso!
Hoje vim falar sobre mim, sobre quantas mudanças ocorreram na minha vida desde que comecei a postar aqui. Mas tem coisas que nunca mudam, que eu gostaria que mudassem, mas que não mudam.
Quando entrei no mundo do diário virtual, era uma guria sozinha, triste, com medo do mundo. Retraída, quase não conseguia fazer amigos. Usava esse local pra desabafar, pra falar com os desconhecidos o que não conseguia falar com minha familia.
Tinha meus motivos pra ser assim, não era à toa que eu me portava dessa maneira. Mas o blog me servia como forma de desabafar.
De um tempo pra cá, estou me tratando com remédios. Conheci alguém legal, que me fez me valorizar como pessoa, que me valorizou e me valoriza pelas minhas qualidades. Me mostrou que eu posso ser muito melhor do que eu sou.
Fixz concurso, comecei a trabalhar e me tornei muito melhor do que eu era. Me tornei mais extrovertida, mais alegre, mais espontânea. Tanto que pouco posto sobre mim agora por aqui. Estou me tratando para uma doença muscular, e está dando resultados. Enfim, não há motivos para infelicidade.
Mas algumas coisas não mudam, como a minha predisposição para os amores platônicos. E adoro a pessoa, por que ela me faz bem, nem penso em me afastar, nem penso em ficar longe.
Mas fico pensando: será que eu preciso me tratar?
Não é normal alguém gostar de alguém por tanto tempo, sem tocar, sem qualquer contato... Daí estou escrevendo para perguntar: o que vocês acham? Será que to ficando louca? Só pode!
Beijos a todos e um ótimo fim de semana!

sábado, 24 de maio de 2014

Coisas que qualquer pessoa de 30 anos gostaria de saber aos 20

Olá, pessoal. Tudo joia?
Li vários artigos pra postar aqui, e achei um interessante. Ele tem por título "coisas que qualquer pessoa de 30 anos gostaria de saber aos 20", e eu concordo em tudo com o que ele diz. Se todos soubéssemos antes o que sabemos agora, quantos problemas não evitaríamos...
Mas Deus sabe o que faz, e sabemos o que estamos preparados pra saber. Portanto, pessoal de 20, se vc está tendo a oportunidade de ler o artigo, aproveite e ponha em prática.

Sabe aquilo que todo mundo gostaria de saber aos 20 anos. Está tudo aqui




Recentemente eu completei 29 anos e, pela primeira vez senti que os 30 anos estavam muito mais perto do que eu imaginava e, a vida estava entrando em uma

nova fase.



No entanto, quando comecei a avaliar meus 20 anos me dei conta de quantos erros eu fiz e sobre as coisas que eu aprendi em uma década de vida.



Levei algum tempo para “me” escrever alguns conselhos.



#1. Viaje



Você tem pouca responsabilidade, então vá e viaje. Quando você chegar aos 30, você vai querer viajar de forma ligeiramente diferente, gastar um pouco mais,

fazer coisas um pouco mais caras, comer em restaurantes um pouco melhores.



Então, trabalhe por um ano e economize dinheiro suficiente para experimentar o mundo de forma barata.



Como você sabe o que você quer fazer, se você não sabe o que tem lá pra fazer?



Não basta viajar para os lugares óbvios.

Viaje para lugares difíceis.

Viaje para aprender.

Viaje para descobrir.

Viaje para os lugares que vai desafiar quem você acha que você quer ser.



#2. Construa coisas



Não gaste muito tempo trabalhando em visões ou em reuniões de outras pessoas.



Gaste tempo para descobrir sua própria visão de mundo (ver ponto 1) e onde você quer ter sua própria vida.



As reuniões são onde as ideias vão morrer.



Se você se encontra em um trabalho em um ambiente corporativo que você gostaria de poder sair, faça-o. Deixe-o. Se você não tem um trabalho corporativo

ainda veja o ponto 5.



#3. Leia



Leia todos os dias. Leia tudo que puder. Não basta ler sobre coisas que você conhece. Leia sobre as pessoas. Leia pessoas.



#4. Pare de assistir televisão



Agora. Pare com isso. Não vai ajudá-lo a conquistar as melhores coisas.



A TV não vai fazer bem pra você nem agora, nem no futuro.

A TV não vai fazer bem pra você nem agora, nem no futuro.



#5. Carreira



Não aceite aquele trabalho corporativo. Só não faça isso (ver ponto 2).



#6. Confiança



Mesmo se isso matar seus relacionamentos. Mesmo que destrua suas ideias. Mesmo se você perder seus amigos. Mesmo que isso signifique que você possa se

machucar.



Confie nas pessoas até que elas deem uma razão para não confiar. Mas não seja ingênuo. Algumas pessoas estão querendo te derrubar.



#7. Pessoas



As pessoas são as melhores e as piores coisas que podem acontecer com você. Algumas vão ajudá-lo a ir mais longe e, mais rápido.



Outras vão te puxar para baixo e ajudar você a perder. A maioria está no meio termo. Muitas são de nível médio. Algumas são excelentes.



Algumas pessoas vão mudar a sua vida para sempre. Encontre-as.



Você não precisa de um monte de amigos ou pessoas ao seu redor. Você precisa de pessoas incríveis que fazem algo por você, como você faz para eles.



É muito simples, um monte de amigos medianos vão deixar você se sentindo sozinho quando você precisar se sentir cercado por pessoas que se importam com

você.



#8. Valorize o tempo



Não perca tempo com pessoas que você não confia. Não perca tempo com os amantes que traem você. Não perca tempo com amigos que não vai tratá-lo da maneira

que você trata eles (ver ponto 7).



Não se atrase.



Valorize o tempo das outras pessoas. Isso significa que se você está atrasado, você não dá a mínima para eles ou acha seu próprio tempo mais valioso, portanto,

pode deixá-los esperando.



Algumas pessoas vão dizer que não há problema algum em se atrasar. Não é verdade. Algumas pessoas vão dizer que eles são assim.



Então você precisa reavaliá-los (ver ponto 7 acima).



#9. Erre



Erre muito. Erre frequentemente. Erre no amor. Erre no sexo. Erre em socializar. Erre em fazer amigos. Erre no trabalho. Erre nos negócios. Erre com a

família. Erre com seus amigos.



Erre. Mas faça isso rápido e aprenda uma lição.



Se você não aprender algo cada vez que errar, então tudo que você fez foi fracassar. Se você aprender algo, então você cresceu. Toda vez que você crescer,

aprender e falhar, você fica melhor em descobrir como ter sucesso.



Não tenha medo de errar. Nunca!

Não tenha medo de errar. Nunca!



#10. Sucesso



Não há nenhum ponto em que você vai ser sucedido. Não em seus vinte anos.



Nem nunca.



Supere esse fato e comece a construir coisas (ver ponto 2 e combine com o ponto 9).



#11. Paciência



Seja paciente. Não vale a pena fazer tudo rapidamente. Não vale a pena construir algo como em uma corrida de 100m. Nada de valor na vida é criado em 1

minuto.



Planeje em décadas. Pense em anos. Trabalhe em meses. Viva em dias.

Fonte: portal FBDE nexion

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Polêmica à vista

Olá, pessoal. Como estão?
Hoje venho compartilhar com vocês uma matériamuito polêmica, retirada do site cegueta.com
Ela fala sobre um neurocientista que já foi usuário de drogase defende que os jovens devem serensinados a usar drogas. Segundo ele, as drogas não são destrutivas como se pensa e pouco mais de 11% dos usuários são viciados.
Leia a matéria e forme você mesmo uma opinião sobre esse assunto, muito polêmico e atual.

Ele já usou drogas, traficou, cometeu pequenos crimes e costumava andar com uma arma no carro em Miami, onde vivia. Sobreviveu e escapou de ir preso, como aconteceu com amigos de infância.


Aos 47 anos, o americano Carl Hart, professor de neurociência da Universidade Columbia (EUA), defende a descriminalização das drogas e que pessoas sejam educadas para usá-las, reduzindo riscos.

Sob o ponto de vista neurocientífico, defende que drogas não viciam na proporção que se imagina -apenas 11% dos consumidores podem ser considerados viciados-, não prejudicam o desempenho de uma pessoa, nem causam danos cerebrais irreversíveis.

"Nossos três últimos presidentes [Bill Clinton, George Bush e Barack Obama] disseram ter usado. Não falo isso como demérito, mas para mostrar que se pode usar drogas e ser produtivo", disse.

Em viagem ao Brasil para divulgar seu livro "Um Preço Muito Alto" (ed.Zahar), Carl Hart falou à Folha. Leia abaixo trechos da entrevista.

*

Folha - Há alguns meses o governo do Rio decidiu internar compulsoriamente dependentes de crack. É eficaz?

Carl Hart - Não importa se é legal ou ilegal, o que importa é que não é ético. Mas, para entender isso, é preciso combater alguns pressupostos a respeito do crack e da cocaína. Muitas pessoas acreditam que quem usa droga fica fora de si, sem controle, o que é falso. Em alguns casos, a droga pode inclusive melhorar uma pessoa. A internação compulsória só impede que você veja aquela pessoa drogada pela sua vizinhança.

Então o que se deve fazer, por exemplo, com as crianças que usam drogas nas ruas?

Devemos assegurar que todos sejam bem tratados e que a sociedade seja justa. Essas crianças de rua, onde estão seus pais? Eles tiveram oportunidade de empregos, de aprender a criar seus filhos de forma que soubessem como atender as expectativas dessa sociedade?

O sr. diz ser um mito a crença de que o vício é inevitável. Por que essa afirmação é falsa?

Coletamos dados durante muitos anos e sabemos que o percentual de pessoas que usa cocaína ou outras drogas e não se vicia é de 89%. Os últimos três presidentes americanos usaram drogas. Obama contou ter consumido cocaína algumas vezes; Bush disse que fumou maconha; Clinton também, apesar de tentar nos convencer de que não tragou. Não falo isso como demérito, mas para mostrar que se pode usar drogas e ser produtivo.

As drogas causam danos cerebrais permanentes?

Usar cocaína é o mesmo que usar cafeína ou álcool. Há efeitos temporários que procuramos quando usamos: ficamos alertas, nos sentimos melhor. Um orgasmo também causa efeitos no cérebro, mas ninguém diz que ele mudou definitivamente por isso. Atribuir esses danos à cocaína e ao crack é uma forma de separar as "pessoas más que usam cocaína" das "pessoas boas que não usam".

Se as drogas não viciam e não causam danos permanentes, por que combatê-las?

A política de combate só é benéfica para aumentar os orçamentos de segurança e favorecer aqueles ligados a essa indústria. Dizer que o crack é responsável pela criminalidade é mentir. No Brasil, antes da invasão das drogas, os moradores de favela frequentavam a universidade? As drogas podem exacerbar vários problemas, mas não são as causadoras.

Se as drogas são um problema social, como lidar com o tema?

São duas propostas. Do ponto de vista legal, defendo a descriminalização de todas as drogas, sem exceção. Isso não significa legalizar, mas tirar da esfera criminal. Do ponto de vista de educação, proponho o ensino do básico sobre o uso de drogas.

Como assim?

Coisas práticas, como dosagem. Quando há aumento de dose, aumenta-se o risco. Também precisam aprender que há organismos mais tolerantes. É necessário ensinar onde, como e com quem usar.

Fonte: Folha De S. Paulo

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domingo, 11 de maio de 2014

Carta para alguém sem nome

Olá, pessoal, tudo joia?
Hoje não postarei um texto, e sim um video da campanha palavras invisíveis. A campanha é da editora Dorina Nowill para cegos e chama atenção para a importância da transcrição de livros em braille ou falados.
O que me chamou atenção foi na verdade o texto de Marta Medeiros, chamado "Carta para alguém sem nome". É tudo que eu queria dizer, tirando que ela teve um casamento e uma rápida relação. Espero que gostem. E se eu tivesse talento, teria escrito exatamente o que o texto fala.

https://www.youtube.com/watch?v=cceUZ_SzhWM

terça-feira, 6 de maio de 2014

IGNORÂNCIA A FLOR DA PELE


Olá, pessoal. Como vão?
Sei que já postei por aqui, mas depois de uma noticia que vi na TV, impossível ficar à margem. Sobre a mulher que foi espancada depois de uma notícia falsa espalhada na internet
E me peguei pensando, em como, apesar do nosso mundo tão tecnológico, de nossa suposta civilização, educação mais aprimorada, ainda somos ignorantes, e no momento, nossa ignorância está, em minha opinião, à flor da pele.
Primeiro, porque voltamos ao tempo da roma antiga, onde se fazia justiça com as próprias mãos e o divertido era ver o pessoal se degladiar em uma arena ou ser comida por leões.  Os defensores dessa teoria dizem que estão cansados de injustiças, blablabla. Mas depois dessa reportagem, acho que a teoria acabou de cair por terra, já que nunca se terá certeza da culpa de quem sofre a agressão.
A segunda amostra de ignorância é a seguinte: a pessoa lê uma noticia na internet, seja macabra, seja de violência; sai curtindo no facebook, compartilhando no twitter e espalhando por aí. E acaba que a notícia é totalmente mentirosa e caluniosa. Essas notícias podem até destruir com a vida de alguêm. Ou seja, a velha e orrorosa fofoca ganhou proporções maiores, bem maiores.
E o pior é que ninguém checa a veracidade do que está espalhando. Criam terrorismo, fofoca de outras pessoas, boatos políticos. O povo, nós, não estamos acostumados com tanta tecnologia, tanta facilidade de comunicação, e no fim das contas, nem sabemos o que fazer com ela. Como se fossemos crianças diante de um brinquedo novo.
O que se conclui disso tudo é que, apesar de nos acharmos cultos, inteligentes e espertos, no fundo todos nós somos irracionais e ignorantes. Pensemos nas consequências de nossos atos, pois dele podem depender a destruição ou  o recomeço de uma vida.

sábado, 3 de maio de 2014

Liberdade de escolha

Olá, pessoal. Tudo joia?
Hoje vim postar sobre umas coisas que eu ouço da turma de cegos com quem tenho contato na internet, e que me sinto sofredora de preconceito por parte dos cegos.
Bem, a maior parte dos cegos anda sozinha nas ruas, se vira, ou com a bengala ou com o cão guia. Pega o primeiro taxi que arruma e sai rumo a fora.  Eu não sou assim, preciso confiar em quem está comigo. Pegar um motorista, um taxista ou um onibus de confiança, com pessoas em quem eu confie, se puder estar de carona com um amigo, melhor ainda. E não me vejo saindo na rua de bengala, apesar de achar que ainda vou fazer um curso de orientação e mobilidade, pra ter o direito de escolher, do qual já falo lá na frente.
E é aí que está. Sofro preconceito por parte da turma de cegos com quem converso na internet, dizendo que eu sou dependente, que nunca conseguirei nada, blablabla, até de infantil já me chamaram por isso. E não só eu, muitas pessoas como eu sofrem esse tipo de preconceito.
Acredito que eu sair ou não só, não me faz diferente de ninguém, assim como quem sai só também não é mais ou menos maduro do que eu. Além disso, não quer dizer que eu ache que a orientação e mobilidade, que é aprender a andar só nas ruas, não seja importante, claro que é, tanto que assim que meus pais forem embora, vou dar um jeito de fazer. Mas se eu fizer, e mesmo assim, não me sentir segura, quero ter o direito de não o ser, de pedir ajuda, de achar que não posso, sem por isso ser tachada como alguém que valha menos por causa disso.
Os deficientes falam tanto em eliminar os preconceitos, mas tem restrições por uma coisa que na verdade, vai influenciar apenas e tão somente na minha vida e na dos que me sercam, não na deles. Por isso, enquanto os jornalistas pedem a liberdade de expressão, eu clamo: liberdade de escolha para os deficientes!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Capacitados para o sexo

Olá, pessoal. Como estão?
Hoje vim postar mais um texto da rede saci, que tem por título Capacitados para o sexo. Ele fala de pessoas que fazem cursos para fazer sexo com pessoas com alguma deficiencia, já que a vida sexual da pessoa com deficiência, principalmente a física e mental, esbarra no preconceito da sociedade.
Essas pessoas, que são chamadas assistentes sexuais, geralmente são psicólogos, sexólogas e até mesmo prostitutas, e esse serviço é muito utilizado na europa. Leiam o texto e reflitam sobre o assunto, que é polêmico.

Texto de Jerónimo Andreu


Jerónimo Andreu

Francesco Granja recebe as visitas na cama apertando um controle que abre a porta da sua casa. Mora num luminoso apartamento da Vila Olímpica de Barcelona adaptado para sua tetraplegia causada por um acidente de carro há 20 anos, quando voltava de uma reunião. Costuma se locomover numa cadeira de rodas, mas hoje umas feridas o detêm. Ao seu lado estão María Clemente, psicóloga especializada em neurorreabilitação, e Eva, assistente sexual, dois pilares fundamentais de Tandem Team, a associação sem fins lucrativos presidida por Granja, dedicada à assistência sexual para portadores de deficiência por meio de voluntários.

Os três acompanham um debate que se gerou espontaneamente em torno de outros dois visitantes no quarto de Francesc. É preciso tomar cuidado para não se apaixonar? Felipe e Lau conversam (ambos nomes fictícios). Felipe sofre de paraplegia de terceira e quarta vértebra. Lau é a assistente que ele conheceu por meio de Tandem, e defende com paixão que os encontros devem ser sinceros, nunca uma ficção sentimental:

- Tenho namorado, mas durante o tempo que estou com um usuário, ele se converte no homem da minha vida.

- Não se deve ter medo – concorda Felipe – Você pode se apaixonar porque está muito necessitado, mas também da padeira ou de qualquer pessoa que te trate bem. Aqui os dois sabemos onde estamos.

- Mas é preciso se entregar, porque é uma questão de amor, que para mim é o fundamental.

- Em todo caso – intervém María – se detectamos pessoas dependentes psicologicamente as aconselhamos a não recorrer a um assistente porque podem acabar se magoando.

Lau, de 38 anos, estudou enfermagem e veterinária. Ela faz oficinas de tantra e, quando uma amiga lhe falou de Francesc e do seu projeto, exclamou: “Isso é para mim”. Seu perfil encaixava com o do assistente que procura a associação: experiência sóciossanitária, sem motivações econômicas e com uma concepção da sexualidade não apenas genital… A entrevistaram sobre os limites que ela fixava com relação às práticas sexuais e às famílias dos portadores de deficiências – alguns assistentes os estabelecem para amputações, determinadas complicações higiênicas ou características físicas impactantes, como as da acondroplasia (ananismo) – e ela respondeu que não estabelecia nenhum, que dependeria do momento e da pessoa, “como em qualquer relação”.

Uns dias depois, Felipe e Lau se encontraram para tomar um café. Simpatizaram um com o outro e combinaram um encontro mais íntimo. Felipe, com 42 anos, desde que está em cadeiras de rodas, havia tido uma relação mas não funcionou, e uma outra vez, se relacionou com uma prostituta: “A moça vinha com contador e isso para alguém com os meus problemas não funciona”. Sua experiência com Lau o revitalizou: “Você lembra de sentimentos que achava que estavam mortos”.

Ele é um dos 45 usuários da associação, constituída em outubro de 2013. Da mesma maneira que há mais demanda masculina, também se oferecem mais voluntários varões, embora, depois de descartar 50%, os 15 com que estão trabalhando formam um time equilibrado de homens e mulheres. Além disso, trabalham com diferentes tendências sexuais. “Precisamente com o primeiro usuário, tivemos uma surpresa”, sorri Francesc.

Ele tampouco cobra por colocar em contato assistentes e usuários, e recomenda que, em caso de haver alguma compensação financeira entre eles, que não ultrapasse os 75 euros (240 reais). “Costuma ser de uns 50 euros (160 reais) porque é preciso se deslocar até a casa do usuário, estacionar, comer fora…”, explica Eva. “Mas muitas vezes não cobramos, não é a motivação”. A associação se mantém por enquanto com as doações de Francesc (que é professor de Esade e recebe uma pensão) e com o trabalho voluntário de María. “Aspiramos ter um mínimo de ingressos para manter a estrutura”, explicam.

A iniciativa gerou expectativa no coletivo. “Consideravam-nos, os portadores de deficiências, como anjinhos assexuados, mas não é assim”, diz Francesc. Há muito existem assistentes e prostitutas que trabalham nessa área, mas escondido. Enquanto isso, na Europa o debate foi se tornando público. O país que chegou mais longe em termos de regulamentação foi a Suíça, embora com um modelo que muitos consideram intervencionista, com encontros mensais e assistentes com diploma universitário para isso. Na Bélgica, onde funciona a associação que Tandem toma como modelo, a área se move numa “alegalidade” (fora da lei, mas não contra a lei) muito compreensiva. De uma forma ou de outra, na Dinamarca, Suécia, Holanda e Alemanha, a assistência se pratica. E na França, embora no ano passado um Comitê Nacional de Ética tenha aconselhado o governo que não a legalizasse, a controvérsia continua, graças, em parte, ao sucesso do file Intocáveis.

“Existem diferentes modelos”, explicam Sánchez e María Honrubia, mas o fundamental é revelar que o problema existe”. Sánchez, enfermeira com máster em sexologia, e Honrubia, psicóloga, presidem a Associação Nacional de Saúde Sexual e Deficiência (Anssyd), que no último dia 14 de março organizou juntamente com outra associação (Sex Asistent) o primeiro curso na Espanha de acompanhamento e assistência sexual. Custava 100 euros e se dirigia a “interessados em se formar e exercer um trabalho profissional relacionado à assistência sexual”. Teve 15 inscritos, de fisioterapeutas a profissionais do sexo. “A formação é muito prática, esclarecendo em que consiste o serviço: que podem se deparar com uma pessoa que usa um coletor, com problemas mentais, como reagir diante de uma subida da pressão…”, conta Sánchez.

Por razões de confidencialidade, a Anssyd não permitiu que EL PAÍS assistisse a uma das aulas. A associação reconhece que o curso pode ser controverso. “Existe um vazio legal a respeito e sua proximidade da prostituição. Mas em 50% dos casos não há coito. Muitos usuários querem ver um corpo nu ou acariciá-lo. Isso é uma experiência alucinante. Inclusive há deficientes cognitivos que só querem afeto físico; e, por lei, isso não pode ser dado por um cuidador normal”, explica Honrubia.

O caminho até essas jornadas foi duro. “Levamos 25 anos como docentes”, contam, “e só agora começamos a ser reconhecidos”. Durante duas décadas as duas profissionais suportaram a desconfiança de colegas que não acreditavam no objeto das suas pesquisas. Mas nesses anos se estabeleceu a Convenção dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência (ONU, 2006) e a Lei Orgânica da Saúde Sexual e Reprodutiva e de Interrupção Voluntária da Gravidez, de 2010 (popularmente reduzida a lei do aborto de Zapatero), que estabelecia a necessidade de se formar profissionais, o que deu impulso a proliferação de associações pelos direitos sexuais dos portadores de deficiências. Todas essas iniciativas foram varridas pela crise.

“Existe um mito segundo o qual se você fala da sexualidade, a desperta”, conta Sánchez. “Mas o desejo está ali, silenciado. Você não imagina quanto sofrimento existe escondido”. Eles não exageram: pessoas que não quiseram ter seus nomes publicados narram histórias duras: 20 anos de um casamento sem sexo que se mantém por causa dos filhos, pais que masturbam doentes mentais…

Não parece que, por enquanto, irão surgir soluções simples a essas barreiras. As primeiras vivem nos limites da lei. Em um apartamento de Barcelona, Lau se despede de Felipe com beijos e abraços.

terça-feira, 22 de abril de 2014

SÓ SEI Q NADA SEI

Olá, galera. Tudo joia?
Estive pensando sobre o que publicar por aqui, diante de tantas noticias ruins que vem tomando conta de nossos dias. Já comentei tanto sobre elas que sei lá, irei me repetir; e outra, algumas causam tanto nojo que se eu vier falar delas, não vou falar nada de amável, pelo contrário, vou acabar sendo grosseira.
Então, achei um texto no site da rede saci que nos mostra que, mesmo quando achamos saber tudo sobre um assunto, já que estamos vivenciando o mesmo, na verdade, cada um é diferente, e acaba passando por ele de maneira diferente. O nome do texto é "SÓ SEI QUE NADA SEI", e fala sobre como ela via antes a vida de cadeirante, já que é uma desde os 6 anos e de como percebeu que sua verdade não é uma verdade absoluta.

Marcela Cálamo


Até pouquíssimo tempo, eu achava que entendia muito sobre pessoas com deficiência, especialmente cadeirantes. Cheguei a quase discutir com um amigo por ele ter uma visão diferente da minha. Ele, sem deficiência, acredita que “experimentar” situações que pessoas com deficiência vivem, ajuda na conscientização das dificuldades que os que têm deficiência passam. Nosso embate foi porque insisti em dizer que esse tipo de coisa não causa efeito algum.

Mas, de uns meses pra cá, ando pensando sobre o que eu realmente sei e o quanto sei. Como eu poderia ter certeza da reação de outras pessoas após uma experiência diferente? Concluí que eu, de fato, nesse caso, não tenho ideia do que uma pessoa sem deficiência poderia tirar de aprendizado após tais simulações. Pode ser que alguns se comovam, reforçando a imagem do “deficiente coitadinho”. Talvez alguns saiam achando que quem tem deficiência é herói!

Pode haver aqueles que se identifiquem com a luta por acessibilidade e se engaje nela ou apenas leve o assunto adiante. E pode haver também aqueles a quem não faça diferença alguma.

Tudo bem, não daria pra saber como o “lado de lá” reagiria diante de uma dificuldade “nossa”, mas de cadeirantes eu sabia, afinal, estamos no mesmo barco.

Foi então que soube que meu amigo Renato, cadeirante como eu, teve trombose e ficou um mês deitado. Imaginei como Renato ficou, não podendo sair da cama por um mês e, imediatamente, pensei em como seria isso pra mim que cuido de dois filhos, casa, marido, alunos. Aí, me dei conta de que, apesar de ambos sermos cadeirantes, nossas vidas são completamente diferentes e os acontecimentos, sejam quais forem, têm impactos diferentes nelas.

Entendi o porquê de me sentir meio peixe fora d’água quando falam de cadeirantes como uma coisa só, um grupo homogêneo. Minha vida, minhas experiências são únicas e ninguém além de mim, seja cadeirante ou não, entende minhas lutas e dificuldades diárias. Também eu, não posso saber como é a vida de outras pessoas com deficiência. Nossas deficiências nos identificam e unem, enquanto grupo que luta por direitos, que discute problemas gerais e busca soluções aos mesmos, mas nos diferencia por termos vivências diferentes, especificidades diferentes, por sermos únicos, mesmo quando a deficiência parece ser igual.

Para completar, após ouvir a Anahí e outras pessoas falando sobre gênero e deficiência, numa mesa de discussão, vi que há um mundo imenso de questões sobre as quais nunca pensei, por não fazerem parte de minha vivência e que a luta vai muito além da acessibilidade e inclusão.

E eu que achava que sabia muito, fiquei pequenina diante desse mundo desconhecido e hoje só sei que nada sei.

terça-feira, 8 de abril de 2014

MARKETING PESSOAL EM EXCESSO

Olá pessoal. Como estão?
Hoje vim falar sobre uma prática que tenho visto muito nos twitters e faces da vida: o excesso de marketing pessoal. O que é marketing pessoal e por que estou falando isso? é o que vou explicar.
Marketing pessoal é o ato de vender seu peixe, de demonstrar aos outros suas qualidades e amenizar seus defeitos, ou aprender a trabalhar com eles. Esse tipo de marketing é utilizada para "se vender" para uma vaga de emprego, conquistar um namorado ou um amigo, por exemplo.
Tenho visto no face declarações com autoafirmações do tipo: eu sou cinsera, eu sou gostosa, eu faço o que quero, eu sou A inteligente... E outras do tipo: se quiserem minha companhia me aceitem como sou porque não preciso mudar por causa dos outros e blablabla.
Isso é uma forma exagerada de fazer seu jabá, seu marketing pessoal. Outras pessoas enchem o face de fotos de si mesmo, fazendo várias poses sensuais, principalmente, para mostrarem o quanto são gostosos e lindos. Ou de momentos de festa e bebida, para mostrar o quanto são felizes.
Acho que tudo isso é válido, desde que não seja exagerado. No face e no twitter eu percebo o quanto estamos individualistas, sem tempo para o outro. E o quanto estamos carentes, necessitados de autoafirmação, de mostrar aos outros o quanto queremos atenção. E no nosso egoismo extremo, nem damos tempo às pessoas, que precisam tanto falar sobre seus problemas, precisam de um ombro amigo pra desabafar, não nos importamos em fazer aos outros felizes, só em satisfazer o nosso egocentrismo.
Não sou contra o marketing pessoal, até meu trabalho de conclusão de curso foi sobre isso, mas quando se usa as redes sociais apenas pra falar de si mesmo, denota-se o quanto você é carente e egocentrista. Além disso, quem tem uma qualidade verdadeiramente, na minha opinião, não precisa espalhar aos quatro ventos, pois ela é notada por quem conhece a pessoa logo de cara. E nem sempre nossa visão sobre o que somos é real, já que nos enxergamos ou muito melhor ou muito pior do que realmente somos.
Então, use sua rede social para disceminar coisas legais, para fazer às pessoas rirem, para espalhar a cultura e não para tentar mostrar a todo tempo que você é assim ou assado, porque você não precisa disso, você é o que é, e quem o conhece vai saber te valorizar. E quem não te valoriza não é merecedor das tais xaradinhas, pois se você dá importância ao que os outros dizem é porque essa pessoa que te humilha significa mais para você do que você pretende aparentar.
Ok, a rede social é sua e você escreve o que quiser, e já visualizo os xingamentos que vem depois disso, mas é apenas minha opinião e uma dica pra que você seja mais feliz, por que acredito que quem precisa se autoafirmar a todo tempo, definitivamente não é feliz como diz ser.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Noticia absurda

Olá, pessoal. Tudo joia?
Hoje vim postar uma noticia absurda que vi no jornal. É uma noticia sobre uma pesquisa que, entre outras coisas, mostra o quanto o brasileiro ainda é machista, o quanto a mulher ainda é vista como a culpada pelas violências que sofre. Se eu não fosse religiosa, iria perguntar se quando Deus nos fez mulher, o fez como forma de castigo, pois o que nos mostra essa pesquisa é estarrecedor. E não é só no Brasil que isso acontece, infelizmente. A única diferença é que por aqui, a violência contra a mulher ocorre a todo tempo de forma velada.
Por isso, homens, espero que a leitura dessa noticia os façam refletir sobre como estão tratando suas mulheres, mulheres que são responsáveis por lhes trazer ao mundo, lhes amamentar e que lhes dispensam todo o carinho.

Pesquisa indica que Brasil critica violência, mas culpa mulher por ocorrências


Estudo apurou que 65% acreditam que mulheres que usam roupas que mostram corpo devem ser atacadas

O pensamento machista ainda governa a percepção dos brasileiros nos casos de violência contra a mulher. Esse fato foi mostrado por pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Uma imensa maioria dos entrevistados (91%) avaliou que homens que batem na esposa devem ir para a cadeia, em contrapartida, a tendência nos casos de assédio e estupro, foi condenar a mulher.



Conforme os dados do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), 65% dos brasileiros concorda com a frase "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas". Também predominou (58,5%), a ideia de que "se as mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros". Foram ouvidas 3.810 pessoas, de 212 municípios



Ao mesmo tempo que condena a violência física de maridos com esposas, o brasileiro concorda que o assunto deverá ser discutido internamente, sem intervenção do Estado. Cerca de 63% dos entrevistados acham correta a frase "casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre os membros da família".



A pesquisa também abordou as uniões homoafetivas e percebeu que ainda existe incômodo da população com casais do mesmo sexo. Cerca de 52% foram a favor da proibição do casamento gay, 59% se sentem desconfortáveis com dois homens ou duas mulheres se beijando. A frase "um casal de dois homens vive um amor tão bonito quanto entre um homem e uma mulher" teve boa aceitação entre 41% dos questionados.



Pensamento patriarcal



Nas regiões Sul e Sudeste, foram menores as escolhas que responsabilizavam a mulher pela violência sexual e essa variação se repetiu nos entrevistados com maior escolaridade e nível social. Para os pesquisadores, os resultados apontam para um pensamento ainda patriarcal do Brasil.



Esse patriarcalismo, por sua vez, influenciaria no maior número de ocorrência de estupros em todo o país. Registros do Sistema de Informações de Agravo de Notificação do Ministério da Saúde (SINAN), mostram que 89% das vítimas de estupro são do sexo feminino e que crianças e adolescentes representam 70% das vítimas. Além disso, em 50% dos casos envolvendo menores, o crime foi reincidente. Por fim, dado alarmante indica que 11,3% dos estupros contra crianças foram cometidos pelos próprios pais, algo que o estudo classifica como "grave doença coletiva de uma sociedade em estágio pré-civilizatório".





quarta-feira, 26 de março de 2014

Solidão mal administrada.

Olá, pessoal, Como vão? Ontem vi no face uma frase que não sei de quem é, mas que me chamou atenção. A frase é a seguinte: "estar com alguém para não estar sozinho é solidão mal administrada". E como adoro escrever e tudo me inspira, resolvi escrever sobre o tema.


Em primeiro lugar, quero deixar bem claro que é só minha opinião; não critico a quem prefere estar mal acompanhado do que só, pois como diz aquela bela composição nacional, do qual fiz meu lema de vida, cada um no seu quadrado. Esta postagem tem como único intuito me expressar, expressar o que penso, para gerar uma reflexão.

Um dia, disse aqui que quem não consegue ficar só consigo mesmo é porque foge de seus fantasmas. E sigo dizendo a mesma coisa. Fantasmas todos temos, eu também tenho os meus, que as vezes vem me atormentar, mas o que fazemos com eles é que é o ponto. É claro que eu as vezes tenho vontade de ganhar um carinho, um abraço, alguém que deixe eu chorar no seu ombro, que me ouça ou simplesmente alguém pra ver um filme abraçadinho, mas esse estado de carência não é permanente, faço uma boa oração para que o dia posterior seja melhor do que o anterior e fica tudo bem.

Acredito que a pessoa que prefere estar mal acompanhada do que só vive em estado de carência permanente, e que precisa fazer uma análise, uma terapia para aprender a sanar esse problema. Até porque, acredito que a pior solidão que há é aquela em que estamos com alguém tão perto e ao mesmo tempo, tão longe.

Eu sei que pode ser que mais tarde eu mude de opinião, que eu seja uma guria inexperiente e imatura, e que por isso falo isso, mas não consigo ser infeliz, não consigo ser infeliz acompanhada, porque essa é a pior infelicidade. Nada que me faça infeliz me conformo, não nasci pra isso.

Talvez, quando mais velha eu mude meus conceitos, mas acredito que mais vale uma linda amizade recíproca do que um amor unilateral. Que esse pensamento sirva como reflexão para os carentes de plantão. Não aceite nada que não te faça menos que muito feliz, pois você não merece isso. E se você se submete a infelicidade e aceita qualquer coisa para não ficar sozinho, se achar o homem errado lembre-se, você não é a vítima, e sim a causadora de seu próprio sofrimento.

Portanto, pense bem antes de estar mal acompanhada, pois os rumos que a sua vida toma, os sofrimentos que você enfrenta, sobretudo no amor, só depende de você evitá-los ou aumentá-lo.



terça-feira, 18 de março de 2014

Não mais cansada

Olá, pessoal, tudo joia? Vim falar sobre a postagem da semana passada, meio depressiva, meio melancólica.
Comecei um teste, no qual sou uma das cobaias. E o teste consiste em tomar um remédio que aumenta minha resistência muscular. Minhas dores na coluna ainda não diminuiram, mas o cansaço sumiu,foi-se embora. E meu desânimo também!
Hoje me sinto alegre, feliz e plena, como se tivesse renascido, como se recém tivesse começado a viver. É claro que as dores ainda existem, e meu sono também, mas o sono é mais de preguiça do que de cansaço. hhahaha. Ja tinha ma esquecido de como é me sentir feliz por mais de um dia seguido. E não quero outra coisa na vida.
No fim das contas, minha causade depressão estava tão óbvia e eu não sabia... Não era falta de amigos, de amor, que aliás, ja não me faz mais falta alguma, nem faltade sair, era só falta de energia mesmo. Viva!
E é tão bom saberquetalvez esse teste ajudará outras pessoas com problemas maisgraves que o meu, é bom saber que mais alguém vai se sentir feliz epleno por algum tempo. Estou feliz por isso!
E tinha que dividir isso com vocês, porque a final, se divido minhas angústias, preciso dividir minhas alegrias também, não é? Como eu disse, o dia seguinte chegou, o cansaço psicológico passou e o físico também, e a felicidade reinou, enfim. Desculpem a profundidade. Beijos a todos!

quinta-feira, 13 de março de 2014

Cansada!

Olá pessoal, tudo joia?Espero que sim, porque minha postagem hoje vai ser meio rabugenta, mas como fiz esse blog para me servir de terapia, preciso escrever antes que comece a ficar meio depressiva outra vez.
O nome da postagem é cansada, justamente porque representa como me sinto, fisica e psicologicamente. Na verdade, esto cansada de estar cansada.
Como todos sabem, tenho uma doença muscular, que faz com que minha fraqueza seja maior doque a dos demais, e minha resistência também. E de uns tempos pra cá, o cansaço tem sido mais evidente e mais presente em mim, apesar de ter sido detectado que não é nada grave o que eu tenho, nem degenerativo.
E aí é que entra meu cansaço psicológico, estou cansada de estar cansada. Acordo desanimada, no meio do dia já estou morrendo de cansaço e a noite então, nem se fala, só penso em dormir. E apesar da cabeça querer fazer mil coisas, o corpo não acompanha. Isso deprime, faz sentir inútil, faz duvidar do que os médicos dizem de positivo.]
Sim, nem precisam me dizer que tem gente sofrendo de doenças realmente graves, que eu não tenho o direito de me deprimir, pra olhar pro lado, blablabla, isso eu estou me dizendo sempre, é o que tem me dado forças pra fazer algumas coisas. Mas sabe, tem vezes que queria só ser fragil, chorar muito, me jogar num canto e me lamentar, como hoje. Só não o faço porque estou presenciando o caso de um menininho que tudo que quer é viver, apesar de estar com um problema muito maior do que o meu e de muita gente.
E para relembrar disso, e de que não tenho direito de me cansar psicologicamente é que estou desabafando agora. Amanhã é outro dia, o desanimo vai passar, apesar de o cansaço fisico persistir, e uma postagem melhor virá. Beijões!

sábado, 8 de março de 2014

Igualdade para as mulheres em tudo?

Olá, pessoal. Tudo joia?
Hoje é dia internacional da mulher, dia para comemorar, é claro, mas também para refletir. As mulheres que nos precederam pediram a igualdade entre os sexos, o direito de trabalhar,estudar, opinar sobre o futuro de nosso país, igualdade também no sexo. Mas acredito que elas não imaginavam o que essa igualdade ia fazer com as mulheres, antes seres sensiveis e cheios de amor, e hoje, sexualmente falando, se transformaram em apenas animais que tem desejos sexuais, como alguns homens. Me desculpem se eu ofender alguém, mas vou colocar minha opinião sobre o tema, que pode não ser amais simpática, e sim a mais conservadora; mas enfim, como eu disse, é só minha opinião
Quando as mulheres da época pediram a igualdade, acredito que elas quisessem preservar a feminilidade que há em nós, mesmo naquelas que dizem que isso é uma besteira. Acredito que elas não gostariam que as mulheres se comportassem como os homens, se jogando pra cima de sua presa. Sim, porque para essas mulheres, assim como para alguns homens, o sexo oposto não é mais do que uma presa.
Muitas meninas para chamar atenção mostram o corpo com roupas justissimas, decotadas e curtas e dizem querer um amor pra vida toda, mas não percebem que o que os homens reparam nela para um romance sério é o que ela tem por dentro, sua inteligencia, sua boa conversa, seus sentimentos. O que eles vêem por fora serve apenas para a diversão temporária, mais nada.
Não estou dizendo aqui que a mulher deve ser santinha e se preservar para seu amor verdadeiro, apesar de achar isso bonito, só o que quero dizer é que a mulher está se comportando o tempo todo como uma femea no sio. E isso não faz mal apenas para o que os outros pensam dela, ou para seu próprio autorrespeito, isso faz mal para sua saúde.
Podemos sim sermos iguais aos homens, mas naquilo que eles tem de melhor, e não precisamos copiar seu pior lado, e isso vale também para os homens. Por isso, mulheres, busquem sim sua liberdade sexual, sua igualdade, que ainda está prejudicada em muitos aspéctos, mas não percam essa sensibilidade que é só nossa, não percam o autorrespeito, não se deixem ser mulher-objeto. Somos muito mais do que isso, temos muito mais a dar.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Valorize a Vida

Olá, pessoal. Tudo joia? Eu decidi q estou melhor do q nunca. Epor que isso? Já explico.
Nos últimos dias, tenho dado uma importância a minha doença muscular, que esperava descobrir o que é no dia 25, quando irei consultar. Não aguentava mais minhas dores diarias, meus cansaços maiores do que eu posso descrever, também diários e existentes sem que eu faça qualquer coisa para provocá-lo. Estava começando a desistir de tudo e a me entregar a fadiga que me aflige. Até que comecei a ficar sabendo de crianças que possuem doenças muito mais graves desde seu nascimento praticamente, doenças essas que podem até levá-las a morte.
E essas crianças, contra o pensamento de todos, estão lutando pela vida, lutando pela sua felicidade. E mesmo desistindo, pois não aguentam mais os sofridos tratamentos, não desiste da coisa mais importante: ser feliz.
E daí fico pensando,que direito eu tenho de desistir e reclamar dos meus problemas, sendo que eles até deixam de ser problemas diante disso? O que me importa saber o que eu tenho, se isso não me limitaem nadaa vida em comparação com essas crianças?
Decidi que não importa o que eu tenho, nem quero mais saber, essa será minha última consulta, porque mesmo que não descubram minha doença, ela não é mais importante. Enquanto eu puder andar, interagir com os demais, viver, o resto não faz nenhuma diferença.
As dores? Analgésicos curam; o cansaço? esqueço dele, vou achar o que fazer pra curá-lo. Ou simplesmente, me sento no sofá e desfruto o momento de preguiça total.
Espero que você também olhe para o lado e perceba a insignificância de seu problema e decida que lutar e viver é a solução para o seu caso. Sempre que a tristeza bater, dê uma olhada ao seu redor e se dê conta do seu privilégio de estar vivo e saldável. Luz a todos!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

EXPERIENCIA MARCANTE

olá, pessoal, tudo joia? Ontem fiz uma postagem bem impessoal, mas hoje vim falar sobre uma experiencia que vivi ontem e que me emocionou.
Ontem vi o filme Não Quero Voltar Sozinho, que aliás, ja tinha visto, mas dessa vez, ele me foi audiodescrito. Pra quem não sabe, a audiodescrição é o ato de descrever às pessoas cegas as senas que se passam em um filme, novela ou peça de teatro. Ja tinha visto o filme de chico com audiodescrição, mas talvez sem a devida atenção.
Ontem percebi o quanto é emocionante assistir a um filme bonito como é aquele, sabendo o que se passa nele. O quanto as pessoas que fazem esse trabalho nos abrem uma janela imensa das emoções, e talvez elas não tenham noção do que fazem.
Após o filme, tive vontade de chorar, pois percebi que sem aquelas senas descritas, talvez o filme não fizesse nenhum sentido pra mim. Se as tvs soubessem disso e valorizassem a solidariedade ao envez de apenas o financeiro, sederiam e cumpririam a lei de acessibilidade. E com certeza, assim é quanto a transmissão da programação em libras. Se as pessoas soubessem que nesse pequeno ato, que pode ser até chato, estão fazendo uma caridade imensa, talvez o fizessem com mais frequencia.
Agora achei um site com filmes audiodescritos e vou poder me interessar ainda mais pela arte do cinema, mais ainda do que ja era interessada. A partir de agora, vou vê-los através dos olhos iluminados e caridosos de alguém.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O desafio da inclusão de alunos com deficiência visual

Estudar ciência pode ser complicado, especialmente para cegos. Softwares podem auxiliar na leitura de textos, mas esbarram em gráficos e fórmulas. Mas uma universidade alemã parece estar no caminho para achar a solução.


da Redação

Max Kordell estuda química no Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT), na Alemanha. Na aula lotada de química orgânica, ele senta na primeira fila. Inclinando sobre seu computador, o jovem de 19 anos se destaca entre os outros estudantes.

Max é albino e, como outros que sofrem do mesmo distúrbio congênito, tem problemas na visão. No quadro negro o professor escreve uma longa fórmula. Apesar de possuir apenas cerca de 7% da visão, ele pode acompanhar as aulas devido a uma câmera que projeta o texto escrito direto no seu computador.

"Eu preciso ter tudo ampliado. Graças à câmera, eu posso aumentar o tamanho das letras e ler", diz Max.

Ampliar o material didático universitário para estudantes que possuem alguma deficiência visual é simples – já existem softwares e hardwares que fazem esse trabalho. Mas os programas geralmente esbarram em equações e gráficos, alguns essenciais para cientistas.

Apoio institucional

Max mostra um documento em PDF enviado por seu professor. Ele tenta ampliar a fórmula com o software especializado, mas o texto foi escrito com uma fonte que não é ampliada de forma legível. Ao invés de ampliá-la, o computador exibe um emaranhado de símbolos impossíveis de ler.

Estudantes cegos enfrentam problemas parecidos. Porém, ao invés de usar um programa de ampliação, eles utilizam softwares que leem em voz alta o texto do computador. Mas mesmo um texto simples pode apresentar problema. Por exemplo, se o PDF for protegido, o programa não consegue fazer a leitura. Além disso, esses softwares têm dificuldades com fórmulas, gráficos e mapas.

Os cerca de 30 estudantes cegos e com visão parcial matriculados no KIT recebem o apoio do Centro de Estudos para Alunos com Deficiência Visual (SZS), onde o material didático é adaptado para torná-lo acessível a deficientes visuais. As alterações são realizadas respeitando a necessidade individual de cada um.

Existem vários centros como esse na Alemanha, mas o SZS é o único especializado em ciências naturais. Segundo o pesquisador responsável pela adaptação do material literário no centro, Torsten Schwarz, a matemática é o problema principal.

As palavras, explica, são unidimensionais –correm em uma linha pela página. Mas matemática é, com frequência, bidimensional. Uma fração, por exemplo, ¼, tem uma parte superior e inferior, complicando a leitura feita por softwares especializados.

Schwarz coordena uma equipe de estudantes que trabalha no centro, convertendo equações do material didático em uma notação matemática mais linear, conhecida como LaTex, mais acessível para cegos. Mas ainda há o problema da acessibilidade de gráficos, mapas e diagramas.

Gráficos são bem complexos, combinam texto, números e informações visuais. Para adaptá-los é necessário, primeiramente, que todas as informações não essenciais sejam eliminadas. Em seguida, é preciso uma descrição da informação que está sendo apresentada.

"Porém, isso ainda não é o suficiente", afirma Scwarz. Ele explica que o gráfico é transformado e impresso como um documento tateável, para que os estudantes possam senti-lo com os dedos.

Embora a versão tateável não seja incomum, a universidade possui uma das três impressoras existente na Europa que permitem a impressão simultânea de documentos, com tinta e alto relevo. Essa característica é importante para que estudante com e sem deficiência visual trabalhem juntos, ou para que perguntas feitas sejam respondidas pelo professor.

Mercado aberto

Estudantes com deficiência visual nas áreas de engenharias e ciências enfrentam outros problemas que podem dificultar o estudo. Por exemplo, a finalização dos trabalhos de laboratório, pois eles não conseguem ver a reação química, e o constante perigoso de manusear máquinas cortantes.

Mas superar esses obstáculos pode valer a pena. Para Schwarz, deficientes visuais formados em ciências têm mais chances no mercado de trabalho do que aqueles que concluíram seus estudos nas áreas humana ou jurídica. Mas essa opinião é difícil de comprovar – a Alemanha, por exemplo, não possui tais dados.

A apenas alguns quilômetros do KIT, Vladyslav Kutsenko escreve em seu computador. O som do programa de leitura sai do seu fone de ouvido. Às vezes Kutsenko passa a mão sobre display em braille, que faz a conversão do texto.

Vladyslav ficou cego com 15 anos, após sofrer um acidente. Ele estudou ciência da computação no KIT. Segundo ele, o SZS "foi uma grande ajuda". Apesar da deficiência, sete semanas após concluir os estudos, Vladyslav estava empregado. Agora, ele trabalha para a uma empresa de computação de médio porte sediada em Karlsruhe.

Embora possa ter algumas dificuldades, como no desenvolvimento de gráficos interativos, ele acredita, hoje, que mais deficientes visuais deveriam estudar ciências, especialmente a da computação. "Programação é uma área próspera para cegos", diz.

¤   Fonte: http://saci.org.br

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O que queremos para o mundo?

Bom dia, pessoal. Como vão? Aqui ta um calor de matar, mas tudo bem, fora a moleza que a gente fica, dá pra suportar.
Hoje vim falar sobre um tema que causou muita polêmica após o comentário da jornalista do SBT Rachel Sheherazade: os linchamentos que vem acontecendo no país.
Ontem passou na tv uma reportagem que nos conta sobre jovens moradores do aterro do Flamengo, no RJ, que se juntaram para formar uma espécie de patrulha justiceira, que sai por aí, caçando potenciais criminosos e os linchando. O ultimo episódio disso tudo foi o linchamento de um jovem suposto delinquente, que foi amarrado pelo pescoço a um poste com uma correia de bicicleta e espancado.
A jornalista diz que é compreensivel tal ato, já que a justiça no país tem sido omissa, e que isso é a legitima defesa coletiva contra a violência. Mas será que uma pessoa, representante da imprensa, que é um órgão que serviria para educar e formar opinião, poderia fazer esse comentário orrivel? isso não seria a incitação da violência?
na minha opinião, esse ato de julgar e linchar alguém não é nada louvavel, e nos tornamos tão marginais quanto os bandidos quando fizemos isso. Em que nos tornamos melhores que ele, se deixamos nosso lado selvagem prevalecer?
É claro, que se alguém tenta te roubar, ok, não concordo com a passividade e acredito que devamos nos defender, apesar de especialistas não aconselharem essa atitude; porém sair por aí caçando potenciais marginais nos torna tão bandidos quanto os verdadeiros, pois nos deixamos levar pela característica de alguém, fazemos o papel de juizes da vida alheia, juizes e Deuses. E Deus nunca disse que devemos massacrar nosso semelhante, por pior que ele seja e sem saber se os motivos para o fazê-lo são verdadeiros.
E que exemplo estamos dando aos nossos pequenos? Imaginem a cena: a gente diz pra um filho: não bata no seu coleguinha porque é feio. Logo depois, vemos algo na tv que nos desagrada e dizemos: tem que bater, ter pena de morte, massacrar... Que moral temos para repreender nossos pequenos, se temos a alma selvagem, primitiva? E como vai ser o mundo daqui a uns 18 anos, um mundo onde a lei de Talião volta a vigorar?
Portanto, ao envez de apoiarmos atitudes selvagens como essas, pensemos se não em nós mesmos, o que vamos deixar de herança aos nossos filhos, sobrinhos ou priminhos. Já que nosso sentimento ainda não existe e só agimos pelo instinto, tenhamos o instinto da protessão aos nossos pequenos e façamos desse um mundo melhor, e não um mundo que regride.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Tarde demais!

Olá, pessoal, tudo joia? Como foi sua semana?
Hoje mais uma vez, vim falar sobre os protestos, que são muito válidos, quando feitos em tempo hábil. Vocês entenderão o que eu quero dizer.
Hoje vi no twitter uma chamada para mais protestos contra a copa. Aliás, esses protestos tem sido frequentes agora. En Porto Alegre, até destruiram o mascote da copa.
Eu até concordo que os protestos são válidos, mas não agora. Me expliquem, qual é a utilidade de se fazer protestos, quando a copa do mundo já é um fato consumado? Alguém pensa que por causa deles, a FIFA vai desistir da copa no Brasil agora, em cima da hora? A não ser que tivesse uma guerra, nada faria a instituição mudar de idéia.
Na minha opinião, esses protestos deveriam ter sido feitos antes, quando o então presidente Lula propôs a FIFA a realização da copa no Brasil, com o apoio de vários expoentes do esporte e da política, isso sem contar os expoentes da arte. Mas não, na ocasião, todos ficaram calados, não acordaram pra vida, e para completar, reelegeram o PT, o mesmo PT que hoje criticam e jogam pedras.
Então, acordaram tarde demais no meu pensar. Acordaram em um momento em que os protestos só vão mostrar e reforçar ao mundo o bando de selvagens que somos. É como alguém que não gostamos vir até nossa casa com o nosso consentimento anterior, e depois, arrependidos, quando esse alguém chega, maltratamo-los e fazemos de tudo para que a visita, que nós permitimos que viesse, se sinta mal, excluída, intrusa.
O único modo de protestar agora é indo às urnas, tirando as pessoas que os protestantes julgam que estejam acabando com o Brasil e deixando o povo de lado. As eleições estão aí, que tal usá-la para fazerem seus mil protestos, naqueles comicios onde todo mundo vai e emdeusa o candidato que está lá na tribuna, prometendo mundos e fundos, promentendo muita coisa que nunca nem lhe passou pela cabeça cumprir.
Aproveitem essas épocas para agora sim, acordar em tempo, antes que, como agora, seja tarde demais para isso.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Meta 2014

Olá, pessoas, tudo joia? Por aqui, ta um calor sufocante. Só com muita agua, seja para beber ou tomar banho, ou com muito ar condicionado pra aguentar. Mas tudo bem, o bom é que no sul isso só duram 4 meses.
Hoje vim falar de uma coisa minha. Minha meta para 2014. Fiquei pensando um tempão no que seria minha meta e tinha decidido que não haveriam metas, a final, eu sempre me ferro com minhas metas. Porém, sem querer, me veio uma na cabeça que vou tentar me focar nela: me enxergar mais como mulher, coisa que eu não faço a algum tempo.
E o que isso quer dizer? Quer dizer levar meus projetos mais a sério, levar a vida mais séria, mais focada e não daquele jeito que levava, onde nada chamava minha atenção, não tinha foco nem nas minhas coisas. Sou meio desorganizada, e um pouco disso é porque todo mundo faz coisas pra mim, enquanto que eu fico na boa, esperando pelos outros, para que eles me lembrem do que tenho que fazer, que decidam coisas por mim. E quando tenho um projeto, preciso da aprovação dos outros, porque senão me sinto ridícula. Em resumo, não me levava a sério, nem mesmo na aparência, já que não dava bola pras minhas roupas, minhas unhas.
Dai pensei, se nem eu mesma me levo a sério, nem eu mesma me vejo como uma mulher de 28 anos, como quero que os outros me vejam assim?
A meta para esse ano é: me levar mais a sério e fazer com que os outros também me levem. O problema vai ser a timidez, que nunca consigo perder ao falar com alguém. Se eu pudesse escrever ao emvés de falar seria tudo tão mais fácil... Mas isso vamos ver como contorno, ja que parte de se levar a sério consiste em ter autoconfiança.
E ja vou começar colocando um projeto novo em prática. Mais tarde, quando ele estiver pronto, conto pra vocês.
Então era isso, pessoal, beijos a todos e muita luz!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

OS FILHOS DA CLASSE C MUDARÃO A CARA DO BRASIL

Olá, pessoal. Tudo joia? Eu sei que não é comum fazer duas postagens seguidas, mas achei uma reportagem bem legal e resolvi postar pra vcs lerem. Então, espero que gostem.

Os filhos da classe C mudarão a cara do Brasil
Fonte: http://pavablog.com

55% dos jovens brasileiros são filhos da internet, menos conservadores e menos religiosos que seus pais. Também representam uma força eleitoral decisiva




Manifestantes durante protesto em Brasília, em junho de 2013. / Evaristo Sá (AFP)

Juan Arias, no El País




A classe C é hoje protagonista na sociedade brasileira. São 40 milhões que, saídos da pobreza, constituíram um estrato que está influenciando na própria

identidade do país. Os filhos dessas famílias constituídas pelos trabalhadores de mais baixo nível profissional, em sua maioria analfabetos ou quase, são

uma novidade tão importante que, segundo Renato Meirelles, diretor do Instituto Data Popular, podem chegar a “mudar a cara do Brasil”.



Ao contrário de seus pais, que não estudaram, estes jovens já frequentam a escola e sabem mais do que eles. Querem, além disso, continuar sua formação para

poder dar um salto social. Serão adultos muito diferentes de seus progenitores, segundo o perfil apresentado no estudo Geração C, feito pelo Data Popular,

sobre esses 23 milhões de jovens entre 18 e 30 anos, que recebem salários de até 1.020 reais por mês, e representam 55% dos brasileiros dessa idade.

Esses jovens são os novos formadores de opinião dentro de suas famílias: estão muito mais informados do que seus pais, são menos conservadores do que eles


(sobretudo em questões sexuais e religiosas) e começam a ter uma grande força eleitoral.



De fato, são os setores políticos e religiosos os que estão mais preocupados e interessados em saber por onde se movem esses milhões de jovens que dentro

de uns anos serão fundamentais para determinar os rumos do país.



Uma pequena mostra da inquietude desses jovens — que contrasta com certa resignação atávica de seus pais, que se entregavam passivamente às mãos do Estado

benfeitor – foi sua atitude nos protestos de junho passado. Muitos desses jovens que cunharam slogans criativos e subversivos provinham da periferia das

grandes cidades e são filhos dessa classe C que já exigem mais do que os pais. São também os filhos da internet, da comunicação global e têm ideias próprias

sobre a política e a sociedade.



Em alguns casos são eles que estão ajudando seus pais (sobretudo as mães, com pouco ou nenhum estudo) a usar o computador para que possam ter uma conta

no Facebook ou enviar e-mails aos amigos.



Um fenômeno novo é que os pais desses jovens, com um salário melhor do que tinham quando viviam na pobreza, estão muitas vezes se sacrificando para que

a filha, por exemplo, faça um curso de alguma coisa e “não tenha que limpar casas a vida toda”, ou para que o filho não precise ser “peão de obra” como

seu pai, e sim técnico de internet e, se possível, médico ou advogado. De fato, muitos dos filhos já estão ganhando mais do que seus pais como empregados

no mundo do comércio, na administração de empresas ou empreendendo seu pequeno negócio, como um salão de cabeleireiro ou uma pequena loja.



Esses jovens logo serão maioria no Brasil, e a eles terão de prestar contas o mundo político, o econômico e até o religioso. Segundo muitos estudos em andamento,

esses jovens já pensam de forma diferente dos seus pais, são mais críticos com o poder e mais exigentes com as ações do governo. No campo religioso, eles

também representam uma grande interrogação que começa a preocupar as diferentes religiões, sobretudo a Igreja Católica e as evangélicas. Segundo André

Singer, um dos analistas mais agudos da sociedade brasileira, os pais dessa classe C pertenciam em 90% às igrejas evangélicas nas quais hoje se encontra

fundamentalmente o universo mais pobre do país, enquanto a Igreja Católica tem maior influência entre as classes mais cultas e com renda maior.



No que crerão esses jovens? Essa é uma das incógnitas, objeto de estudo e preocupação do mundo religioso. Houve 35.000 respostas diferentes à pergunta feita

pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).



O que começa a parecer, de momento, é que muitos deles já estão desertando das igrejas evangélicas, cujos ensinamentos consideram conservadores demais.

Em alguns casos, convenceram também os pais a deixar de frequentarem ditos templos.



Os católicos se beneficiarão desse distanciamento? Parece que não, já que os católicos, que constituíam 90% da população, estão perdendo fiéis a cada ano.

Até ontem, para os evangélicos. A partir de agora, é difícil de profetizar.



As primeiras sondagens apontam que esses rapazes se inclinam mais em direção a uma “religiosidade sem Igreja”; a uma “secularização latente” que se afasta

cada vez mais das igrejas tradicionais, tanto a católica como a evangélica. Continuam acreditando em Deus, como seus pais, mas rejeitam com mais facilidade

as instituições religiosas oficiais.



Esses jovens são pós-industriais, pós-guerra fria; filhos dos movimentos ambientalistas, da cultura líquida e do processo imparável de secularização. São

os que forjarão a identidade do Brasil no futuro imediato. Ou melhor, já estão forjando, embora, para muitos, isso ainda passe despercebido. E começam

a ser maioria.