domingo, 19 de março de 2023

Uma experiência necessária

Olá, pessoal. Como estão?
Hoje vim falar sobre uma coisa que estou vivendo, na verdade, vivo há muito tempo, mas aprendi muito durante esses dias. Estou falando de algo que atinge muita gente, mas que quase ninguém busca ajuda para isso. Estou falando de crises de ansiedade que acabam virando crônicas ou até mesmo, fóbicas.
Estou assistindo vídeos sobre isso, e percebi várias coisas. Uma das percepções e que nossos medos começam na infância. Pequenos medos viram grandes medos, se alimentados. Por exemplo: por conta da minha deficiência, muitas pessoas achavam que eu não podia fazer nada, que eu me machucaria ou coisa parecida. Não meus pais, que sempre me incentivaram a tudo. Mas outros familiares, não por maldade, mas por superproteção, acabava fazendo isso. E então, me tornei uma criança medrosa. É claro que eu já tinha propensão ao medo, pois tive problemas para caminhar e cada vez que caía, sentia medo de cair outra vez. Então, o medo de cair foi alimentando o medo de me machucar quando criança.
Depois, quando adolescente, ouvir frases como: “é tão bonita, se enxergasse, teria vários namorados“. Isso fez com que eu me sentisse inferior as outras meninas e me fez ficar meio ou completamente, retraída. Daí, o medo de ser rejeitada pelas pessoas ou criticada por minha deficiência, por me acharem menos do que eu realmente era. Daí, as autocríticas exageradas e o aumento do medo.
Quando fui para faculdade, todo mundo achou que eu não iria conseguir ir sozinha. Todos queriam me proteger e não me tratavam como uma pessoa igual as outras, exceto uma amiga muito querida que sempre me incluiu em tudo. Daí, começaram as fobias horríveis. E me tornei alguém com síndrome do pânico. E além disso, se teve o fato de eu fazer um curso que totalmente não queria e a subestima são por parte de alguns professores.
Hoje, me tornei uma pessoa reclusa, sem amigos e que mal consegue tirar o pé pra fora de casa sem estar completamente em alerta. É na verdade, não sei se algum dia conseguirei ser diferente disso.
Não estou falando isso pra dizer que a culpa é de alguém, até porque, as pessoas que a minha super protegeram ou sem querer acabaram me subestimando, aprenderam isso com alguém. E alguém ensinou a esse alguém e é um ciclo. O que quero dizer com isso é que aprendi que meus pequenos medos infantis foram criando outros medos. Foram alimentando grandes medos. E quero dizer também que nós, sociedade, temos responsabilidade em criarmos crianças que cresceram ansiosas e medrosas, seja por cobranças excessivas ou por subestima são.
Por isso eu peço a vocês enquanto pessoa ansiosa, introvertida e que está tentando se entender: nunca inferior Easy seu filho, sobrinho, amigo... Sempre mostre que ele pode ser o que ele quiser ser. E também não o cobre demais, deixe ele ir no tempo dele, ser o que quiser ser. Por favor, não sejam responsáveis por aumentar o número de clientes nas farmácias, psiquiatras ou psicólogos. Vocês não sabem o quanto é difícil sair desse redemoinho que acabei entrando e que muitas pessoas entram sem perceber.
E para nós, que já estamos nesse barco onde as ondas batem furiosamente e não sabemos o que fazer para achar terra firme, tenhamos força, persistência e se você puder, nunca fuja da terapia. Ela é um alívio é um momento muito importante para nós percebermos e tentarmos sair dessa situação.
Beijos para todos e peço que essa postagem chegue ao maior número de pessoas, pois na minha opinião enquanto pessoa com transtorno de ansiedade, é um post de utilidade pública.

PS: perdoe os erros ortográficos, estou escrevendo pelo ditado do celular e nem sempre consigo revisar se está tudo certinho. Pra quem não sabe, tenho deficiência visual e motora, então, fica difícil digitar.

terça-feira, 7 de março de 2023

Montanha mais que russa

 Oi povo, tudo bem? La venho eu me lamuriar de novo. Mas a final, foi pra isso que criei esse espaço.

Ha meses atrás tive a temida Covid. Não senti nada alem de um resfriado. O problema é que piorou minha doença muscular. Hoje são raros os dias que não estou cansada e com dor. A fraqueza é que mais incomoda.

E junto vem o mau humor, a depressão, a vontade de desistir… e a solidão, pois obviamente, ninguém quer ouvir reclamação o tempo todo. E você também não quer mesmo interação social.

E quanto ao social… você é tachada de preguiçosa, mimizenta, antipatica e até mentirosa. Até eu mesmo me xingo, pois minha mente quer fazer varias coisas, é super ativa, mas o corpo não acompanha.

Em fim, vamos levando a vida como se pode, um dia de cada vez. E que a Espiritualidade me ampare, porque de minha parte…