Olá, pessoal, tudo joia? Pra quem me segue no twitter e no facebook sabe que eu tinha dito que minha próxima postagem seria sobre a progressão escolar continuada; porém, estou estudando o assunto e ainda não me sinto em condições de discorrer sobre um tema tão polêmico e complexo. No entanto, achei uma noticia igualmente polêmica, mas não vou tecer comentários sobre ela, pois é uma coisa muito particular e pessoal, que só quem vive o problema é que pode opinar.
A noticia foi retirado do site cegueta noticias e fala sobre o estigma da sexualidade e os deficientes físicos e sobre autilização de parceiros sexuais substitutos para estimulá-los a conhecer seu corpo, já que a vida amorosa dessas pessoas é muito limitada pelo preconceito. Leiam a noticia e entendam melhor o tema.
CEGUETA NOTÍCIAS} Deficientes encaram estigma do sexo
Em suas fantasias sexuais, ela é uma loura forte e impetuosa, que
domina seus parceiros. Na vida real, é uma virgem que depende de uma
cadeira de rodas elétrica, e seu corpo só é tocado por cuidadores
domésticos e profissionais de medicina.
"Uma pessoa incapacitada é vista como uma criança", diz essa mulher,
Laetitia Rebord, 31. "E, inevitavelmente, crianças e sexo não
combinam."
Uma atrofia muscular espinal genética a deixou paralisada, com exceção
do polegar esquerdo e dos músculos faciais.
Rebord, que diz ter sensações físicas agudas, procurou relacionamentos
sexuais entre amigos de amigos, sites de namoro e até com garotos de
programa. Mas diz que agora está disposta a pagar por sexo na Suíça ou
na Alemanha, onde os "parceiros sexuais substitutos" são legais.
O tema dos parceiros substitutos chamou atenção na França em março,
depois que a Comissão Nacional de Ética, que assessora o governo sobre
questões de saúde, criticou a prática como um "uso antiético do corpo
humano para fins comerciais".
Embora a prostituição seja legal na França, abordar possíveis clientes
e servir de intermediário entre profissionais do sexo e clientes não o
são. Mas algumas pessoas estão pedindo a legalização dos parceiros
sexuais substitutos.
"A prostituição é um debate falso. Os objetivos são diferentes", disse
Pascale Ribes, que em 2011 fundou o Grupo de Deficiências e
Sexualidades, associação que defende os terapeutas sexuais na França.
"O parceiro substituto permite que uma pessoa deficiente física, que
não pode acessar a sexualidade de maneira satisfatória, reconecte-se
com o corpo", disse Ribes.
Sua associação está fazendo lobby por uma alteração na lei para
permitir que pessoas com deficiência física, seus pais, amigos ou
diretores de instituições aprovadas arranjem encontros com parceiros
substitutos, que geralmente cobram cerca de US$ 130 por sessão.
Na França, a falta de debate sobre o assunto, as leis que regulamentam
a prostituição e a recusa a legalizar os parceiros substitutos
encorajaram práticas ilegais.
Aminata Gregory, 66, vem oferecendo ilegalmente assistência sexual na
França há mais de um ano. Ela foi treinada como terapeuta sexual na
Suíça, e seu trabalho envolve principalmente massagens e jogos
eróticos, sem beijos na boca ou sexo.
Gregory, que é holandesa, tem cerca de dez clientes incapacitados na
França e cobra honorários por meio de sua empresa na Holanda.
Gregory recentemente foi ao sul da França para conhecer um cliente,
Daniel Doriguzzi, 49. Ele tem uma rara doença genética chamada ataxia
de Friedreich, que o faz perder gradualmente a coordenação motora e a
capacidade de falar com fluência.
Com uma prostituta, disse Doriguzzi, "dura um tempo limitado e mais
nada". Com Gregory, "nós nos colocamos em uma bolha e nos tornamos um
casal normal. Conversamos, fazemos o que quisermos. Perguntamos um ao
outro o que queremos. No final da sessão, estouramos a bolha".
Os parceiros substitutos são legais na maioria dos países que permitem
a prostituição, como Suíça, Alemanha e Dinamarca.
Em 2008, Catherine Agthe Diserens, uma educadora suíço-alemã, iniciou
um programa de treinamento de parceiros sexuais substitutos durante
seis meses, com ex-prostitutas, enfermeiras e fisioterapeutas.
As aulas tratavam de deficiências físicas, internamentos em
instituições, colaborações com profissionais do sexo e cursos práticos
explorando o que Diserens chama de "técnicas corporais".
Para muitas feministas francesas, que associam o sexo indesejado à
violência, a ajuda sexual é humilhante para as duas pessoas
envolvidas.
"É como dizer às pessoas incapacitadas que, como elas nunca terão uma
vida sexual ou amorosa, vamos prescrever a ajuda sexual como
paliativo", disse Anne-Cécile Mailfert, membro da Osez le Féminisme
(Ousem ser feministas).
Ela também teme que ocorra dependência emocional nos terapeutas sexuais.
Mas a questão principal, disse Mailfert, tem menos a ver com a
sexualidade do que com ensinar os profissionais de saúde a compreender
as necessidades sexuais de pessoas deficientes e ajudá-las a encontrar
outras pessoas.
Marcel Nuss, que tem dois filhos e respira com respirador artificial,
é o autor de "I Want to Make Love" [Eu quero fazer amor].
O livro descreve sua realização pessoal por meio do amor com sua
ex-mulher e uma vida sexual com acompanhantes.
"Alguém como eu não pode fazer nada sozinho", disse Nuss. "O sexo
ajuda os deficientes a renascer e a recuperar seu aspecto humano."
Fonte: Folha
Então, como eu falei, é um tema polêmico e que vai abrir grandes discussões nos países europeus onde essa prática é mais comum. Quem quiser opinar sobre o assunto sinta-se à vontade. Espero que tenham gostado.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
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