terça-feira, 2 de novembro de 2010

escolher demais faz mau ao cérebro, diz estudo

oi gente. vocês vão ver um estudo impressionante retirado da revista Superinteressante, onde fala que muitas possibilidades de escolha pode dar um tilt no cérebro. Nunca tinha prnsado nisso. leiam e tirem suas próprias conclusões. bjs!

Não escolha demais. Seu cérebro pode pifar
Sheena Iyengar perdeu a visão ainda na infância. Por isso, precisa da opinião dos amigos para tomar boa parte de suas decisões. De tanto ponderar o gosto
dos outros, Sheena, professora de negócios da Universidade Columbia, resolveu entender como fazemos nossas escolhas. O que ela descobriu? Que o cérebro
não sabe lidar muito bem com escolhas. E dá tilt se exigimos demais dele.
por Eduardo Szklarz

Ter muitas opções geralmente é encarado como liberdade de escolha. Mas você diz que essa liberdade pode nos levar a
decisões
malfeitas. Por quê?
Quando vai escolher algo, o que você faz? Compara todas as opções disponíveis para ter certeza de que tomará a melhor decisão. O problema é que, quanto
mais opções temos, mais esse processo fica pesado e confuso. Acabamos sobrecarregados. E nos sentimos obrigados a escolher só porque as opções estão disponíveis.
Em muitos casos, isso termina em frustração.

Poderia dar exemplos?
Fiz um estudo em um mercado dos EUA com potes de maionese. Alternei duas mostras na estante: uma com 6 sabores e outra com 24. Dos clientes que passaram
pelos potes, 60% foram atraídos pelo grupo maior. Os outros 40%, pelo grupo menor. Mas apenas 3% dos clientes compraram um pote de maionese quando havia
24 sabores. Quando havia 6 sabores, 30% fizeram a compra. Ou seja: a presença de mais
escolhas
era mais atrativa, mas dificultava a decisão.

Isso também vale para outras situações da vida?
Sim. Em outro estudo, eu e minha equipe demos a estudantes a chance de escolher entre pessoas que gostariam de namorar. Eles podiam decidir entre 10 ou
20 possibilidades. Quando recebiam 10, escolhiam de acordo com a preferência: buscavam uma pessoa bonita, sincera, inteligente, divertida, e assim por
diante. Mas, quando se viam frente a 20 possibilidades, deixavam de lado todos esses critérios e escolhiam apenas com base no aspecto físico. Já não conseguiam
ter em conta todas as opções. A escolha virou um peso.

Até que ponto a
cultura
influencia nossas
decisões?
Em qualquer
cultura,
escutamos histórias desde pequenos. E nessas histórias vem uma mensagem sobre quem deve fazer as
escolhas
e sobre a melhor forma de escolha. Nos EUA, as pessoas crescem acreditando que devem decidir sozinhas o que querem. Aos 2 anos de idade, uma criança americana
escuta do pai: "Que sorvete você quer tomar?" Aos 4, a pergunta é: "O que você vai ser quando crescer?" Na Índia, as mensagens são diferentes: "Que bom
garoto, faz tudo o que o pai lhe diz para fazer" ou "Fulano é feliz no casamento porque seguiu os conselhos dos pais". Portanto, a
cultura
guia nossas
escolhas.

Como podemos fazer
escolhas
melhores?
Precisamos ser estratégicos. Quanto mais você simplificar ou delegar
escolhas
que não são importantes, mais recursos mentais terá para as que importam. Para mim, é importante pensar sobre como vou organizar um estudo. Não me importa
tanto o que vestir para ir ao trabalho. Em 3 minutos decido a roupa e o sapato, e assim elimino
decisões
que ocupariam meu tempo. Claro que, se essa decisão fosse importante para mim, não a tomaria com pressa. O que digo é: escolha bem o momento em que vai
fazer suas
escolhas.

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