quinta-feira, 18 de julho de 2013

CEGUETA NOTÍCIAS} Deficientes encaram estigma do sexo

Olá, pessoal, tudo joia? Pra quem me segue no twitter e no facebook sabe que eu tinha dito que minha próxima postagem seria sobre a progressão escolar continuada; porém, estou estudando o assunto e ainda não me sinto em condições de discorrer sobre um tema tão polêmico e complexo. No entanto, achei uma noticia igualmente polêmica, mas não vou tecer comentários sobre ela, pois é uma coisa muito particular e pessoal, que só quem vive o problema é que pode opinar.
A noticia foi retirado do site cegueta noticias e fala sobre o estigma da sexualidade e os deficientes físicos e sobre autilização de parceiros sexuais substitutos para estimulá-los a conhecer seu corpo, já que a vida amorosa dessas pessoas é muito limitada pelo preconceito. Leiam a noticia e entendam melhor o tema.

CEGUETA NOTÍCIAS} Deficientes encaram estigma do sexo


Em suas fantasias sexuais, ela é uma loura forte e impetuosa, que

domina seus parceiros. Na vida real, é uma virgem que depende de uma

cadeira de rodas elétrica, e seu corpo só é tocado por cuidadores

domésticos e profissionais de medicina.



"Uma pessoa incapacitada é vista como uma criança", diz essa mulher,

Laetitia Rebord, 31. "E, inevitavelmente, crianças e sexo não

combinam."



Uma atrofia muscular espinal genética a deixou paralisada, com exceção

do polegar esquerdo e dos músculos faciais.



Rebord, que diz ter sensações físicas agudas, procurou relacionamentos

sexuais entre amigos de amigos, sites de namoro e até com garotos de

programa. Mas diz que agora está disposta a pagar por sexo na Suíça ou

na Alemanha, onde os "parceiros sexuais substitutos" são legais.



O tema dos parceiros substitutos chamou atenção na França em março,

depois que a Comissão Nacional de Ética, que assessora o governo sobre

questões de saúde, criticou a prática como um "uso antiético do corpo

humano para fins comerciais".



Embora a prostituição seja legal na França, abordar possíveis clientes

e servir de intermediário entre profissionais do sexo e clientes não o

são. Mas algumas pessoas estão pedindo a legalização dos parceiros

sexuais substitutos.



"A prostituição é um debate falso. Os objetivos são diferentes", disse

Pascale Ribes, que em 2011 fundou o Grupo de Deficiências e

Sexualidades, associação que defende os terapeutas sexuais na França.



"O parceiro substituto permite que uma pessoa deficiente física, que

não pode acessar a sexualidade de maneira satisfatória, reconecte-se

com o corpo", disse Ribes.



Sua associação está fazendo lobby por uma alteração na lei para

permitir que pessoas com deficiência física, seus pais, amigos ou

diretores de instituições aprovadas arranjem encontros com parceiros

substitutos, que geralmente cobram cerca de US$ 130 por sessão.



Na França, a falta de debate sobre o assunto, as leis que regulamentam

a prostituição e a recusa a legalizar os parceiros substitutos

encorajaram práticas ilegais.



Aminata Gregory, 66, vem oferecendo ilegalmente assistência sexual na

França há mais de um ano. Ela foi treinada como terapeuta sexual na

Suíça, e seu trabalho envolve principalmente massagens e jogos

eróticos, sem beijos na boca ou sexo.



Gregory, que é holandesa, tem cerca de dez clientes incapacitados na

França e cobra honorários por meio de sua empresa na Holanda.



Gregory recentemente foi ao sul da França para conhecer um cliente,

Daniel Doriguzzi, 49. Ele tem uma rara doença genética chamada ataxia

de Friedreich, que o faz perder gradualmente a coordenação motora e a

capacidade de falar com fluência.



Com uma prostituta, disse Doriguzzi, "dura um tempo limitado e mais

nada". Com Gregory, "nós nos colocamos em uma bolha e nos tornamos um

casal normal. Conversamos, fazemos o que quisermos. Perguntamos um ao

outro o que queremos. No final da sessão, estouramos a bolha".



Os parceiros substitutos são legais na maioria dos países que permitem

a prostituição, como Suíça, Alemanha e Dinamarca.



Em 2008, Catherine Agthe Diserens, uma educadora suíço-alemã, iniciou

um programa de treinamento de parceiros sexuais substitutos durante

seis meses, com ex-prostitutas, enfermeiras e fisioterapeutas.



As aulas tratavam de deficiências físicas, internamentos em

instituições, colaborações com profissionais do sexo e cursos práticos

explorando o que Diserens chama de "técnicas corporais".



Para muitas feministas francesas, que associam o sexo indesejado à

violência, a ajuda sexual é humilhante para as duas pessoas

envolvidas.



"É como dizer às pessoas incapacitadas que, como elas nunca terão uma

vida sexual ou amorosa, vamos prescrever a ajuda sexual como

paliativo", disse Anne-Cécile Mailfert, membro da Osez le Féminisme

(Ousem ser feministas).



Ela também teme que ocorra dependência emocional nos terapeutas sexuais.



Mas a questão principal, disse Mailfert, tem menos a ver com a

sexualidade do que com ensinar os profissionais de saúde a compreender

as necessidades sexuais de pessoas deficientes e ajudá-las a encontrar

outras pessoas.



Marcel Nuss, que tem dois filhos e respira com respirador artificial,

é o autor de "I Want to Make Love" [Eu quero fazer amor].



O livro descreve sua realização pessoal por meio do amor com sua

ex-mulher e uma vida sexual com acompanhantes.



"Alguém como eu não pode fazer nada sozinho", disse Nuss. "O sexo

ajuda os deficientes a renascer e a recuperar seu aspecto humano."



Fonte: Folha   Então, como eu falei, é um tema polêmico e que vai abrir grandes discussões nos países europeus onde essa prática é mais comum. Quem quiser opinar sobre o assunto sinta-se à vontade. Espero que tenham gostado.

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