segunda-feira, 17 de novembro de 2025

cadê o peso dos 40?

                         Olá. Faz muito tempo que não escrevo aqui, mas de repente me deu uma vontade...

Sei que ninguém mais lê blog, que o povo tá escrevendo mais no face, mas particularmente, acredito que escrever separado não obriga o povo a ler textão se não quiser. Nada contra quem faz, só eu não acho legal.

Bem, to prestes a fazer 40 anos, e fico pensando que todo mundo fica falando que 40 anos é meia idade. Já até sou chamada de "tia". Mas sinceramente, acho que tem algo errado comigo, pois não me sinto uma jovem senhorita.

Parece que pra mim, o tempo não passou. As dores eu sempre senti, devido a minha distrofia, então, 0 novidades. Aliás, estou até mais disposta do que antes, me aplicando nos exercicios e tals. Acho que não tenho aquela maturidade pesada de uma pessoa 40+ super adulta. Claro que devido a morar com meus pais, não tenho lá  tantas responsabilidades, aliás, não tenho nenhuma, a não ser meu trabalho e alguma coisa que faço por vontade própria. Não tenho filhos, sobrinhos ou afins pra cuidar-- amém!--. a responsabilidade que tenho  é manter minha saúde em dia, principalmente a mental, que não é lá das melhores.

Acho que é isso que me falta, responsabilidades, morar sozinha, me desacomodar. Mas se me perguntarem se eu quero isso, sinceramente não sei. Sei que seria saudável e aí sim, ia me sentir com aquela maturidade pesada dos 40 anos. Mas não tenho nenhuma vontade.

Sei que esse dia vai chegar, quando meus pais faltarem, e não sei se darei conta de viver uma vida onde eu tenho que ser responsável por ela, mas isso eu resolvo mais tarde, quando acuntecer. Hahahahahahah!!

Em fim, não sei se estou certa ou errada. As vezes penso que sou muito imatura pra uma mulher, outras, penso que sou feliz assim e dane-se o que pensam os outros.

Por enquanto, a terapia é que vai me dizer se to certa ou errada, ou melhor, eu descobrirei na terapia isso. Enquanto isso não acontece, vu vivendo no meu mundo cor-de-rosa, feliz e contente, me sentindo a própria Poliana velha.

E viva os 40!

            

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Desistir não é fraqueza

Olá pessoal. Quem é vivo sempre aparece, né? Hoje vim falar sobre saber quando desistir.

Bem, vocês que já são leitores sabem que tenho uma doença muscular progressiva; bem, ela progrediu. Mais fraqueza pra caminhar, dores e indisposição. Por isso, desisti de muitos sonhos.

Adoro estudar e meu sonho era morrer estudando. Tive que desistir. Não tenho disposição para seguir uma constancia para isso.

Também queria mudar de emprego pra ganhar melhor; pensei em fazer concursos. Mas se não for home office, não tenho condições fisicas. 

Desisti de uma vida social decente, dentre outras coisas. Meu corpo ganhou essa briga; mas fiz tudo que podia pra seguir em frente enquanto pude.

É claro q to triste, frustrada e tudo mais, mas penso que saber o seu limite também é seguir em frente. É saber que tem coisas que você não pode mudar, apenas ser resiliente e lidar com sua realidade da melhor maneira.

Portanto se por algum motivo você precisar desistir, não se sinta fraco, pois ser resiliente é tão admiravel e corajoso quanto ser persistente. Em uma sociedade que valoriza os super heróis, experimente ser só um ser humano…

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Terapia deveria ser obrigatório

Olá, pessoal. Há tempos não venho aqui. Nem sei se alguém vai ler, mas vamos lá.

Faço terapia a quinhentos, anos. Perdi a conta, e mesmo que soubesse, não iria entregar minha idade, né... Em fim, mas depois de muito tempo, descobri várias coisas sobre mim, e uma que considero muito importante: que eu era uma falsa versão de mim mesma, era aquilo que não era legal, mas era o que todos esperavam de mim.

Achava que lidava bem com minhas deficiências, que era totalmente resolvida, quando na verdade não era bem assim. Me tornei o arquétipo da deficiente coitadinha, que era o que todos vêm em uma pessoa com deficiência. Até parecia uma tonta quando falava com as pessoas, só rindo e envergonhada. Reforçava o espectro da pobrezinha. Não tentava explorar os ambientes, precisando assim da ajuda dos outros, por exemplo.

Me tornei uma pessoa que não cantava mais, não falava o que pensava, por medo de ser ainda mais infantilizada do que o deficiente já é; não percebia que essa atitude me infantilizava ainda mais do que eu gostaria.

E principalmente: lembrei de quando eu era criança, que todos me queriam por perto, justamente por conta de minha espontaneidade; adorava cantar, conversar, fazer amizades... e de repente, perdi toda essa naturalidade, me tornando a pessoa com quem nem eu mesma gostaria de estar.

Mas com certeza, nunca descobriria isso sem uma terapia, um momento para o autoconhecimento. Quantas pessoas acham que são de um jeito e na verdade, só se tornaram o que são para sobreviver em uma sociedade tão exigente!

Se todos deixassem seus preconceitos de lado e optassem por fazer uma terapia, nem que seja mensal, para seu autodescobrimento, quantas pessoas mais felizes, espontâneas e menos preocupadas com a vida alheia teriamos no mundo! O quanto o mundo seria melhor, com até mesmo mais paz... e se eu pudesse recomendar um tipo de terapia, recomendaria a psicanálise pois nela, o psicanalista não te diz o que fazer, não  opina nem julga, apenas deixa que você se descubra, te ajuda direcionando sua autodescoberta. Fiz vários tipos de terapias e com esse tipo me encontrei, encontrei meu "eu".

Portanto, deixe seus preconceitos de lado e invista em você. Você compra roupas, produtos e até ostenta para que os outros gostem de você... invista em ser uma pessoa mais autêntica. Tenho certeza que você despertará um sentimento muito mais verdadeiro, até mesmo de você com você mesmo.



 

domingo, 19 de março de 2023

Uma experiência necessária

Olá, pessoal. Como estão?
Hoje vim falar sobre uma coisa que estou vivendo, na verdade, vivo há muito tempo, mas aprendi muito durante esses dias. Estou falando de algo que atinge muita gente, mas que quase ninguém busca ajuda para isso. Estou falando de crises de ansiedade que acabam virando crônicas ou até mesmo, fóbicas.
Estou assistindo vídeos sobre isso, e percebi várias coisas. Uma das percepções e que nossos medos começam na infância. Pequenos medos viram grandes medos, se alimentados. Por exemplo: por conta da minha deficiência, muitas pessoas achavam que eu não podia fazer nada, que eu me machucaria ou coisa parecida. Não meus pais, que sempre me incentivaram a tudo. Mas outros familiares, não por maldade, mas por superproteção, acabava fazendo isso. E então, me tornei uma criança medrosa. É claro que eu já tinha propensão ao medo, pois tive problemas para caminhar e cada vez que caía, sentia medo de cair outra vez. Então, o medo de cair foi alimentando o medo de me machucar quando criança.
Depois, quando adolescente, ouvir frases como: “é tão bonita, se enxergasse, teria vários namorados“. Isso fez com que eu me sentisse inferior as outras meninas e me fez ficar meio ou completamente, retraída. Daí, o medo de ser rejeitada pelas pessoas ou criticada por minha deficiência, por me acharem menos do que eu realmente era. Daí, as autocríticas exageradas e o aumento do medo.
Quando fui para faculdade, todo mundo achou que eu não iria conseguir ir sozinha. Todos queriam me proteger e não me tratavam como uma pessoa igual as outras, exceto uma amiga muito querida que sempre me incluiu em tudo. Daí, começaram as fobias horríveis. E me tornei alguém com síndrome do pânico. E além disso, se teve o fato de eu fazer um curso que totalmente não queria e a subestima são por parte de alguns professores.
Hoje, me tornei uma pessoa reclusa, sem amigos e que mal consegue tirar o pé pra fora de casa sem estar completamente em alerta. É na verdade, não sei se algum dia conseguirei ser diferente disso.
Não estou falando isso pra dizer que a culpa é de alguém, até porque, as pessoas que a minha super protegeram ou sem querer acabaram me subestimando, aprenderam isso com alguém. E alguém ensinou a esse alguém e é um ciclo. O que quero dizer com isso é que aprendi que meus pequenos medos infantis foram criando outros medos. Foram alimentando grandes medos. E quero dizer também que nós, sociedade, temos responsabilidade em criarmos crianças que cresceram ansiosas e medrosas, seja por cobranças excessivas ou por subestima são.
Por isso eu peço a vocês enquanto pessoa ansiosa, introvertida e que está tentando se entender: nunca inferior Easy seu filho, sobrinho, amigo... Sempre mostre que ele pode ser o que ele quiser ser. E também não o cobre demais, deixe ele ir no tempo dele, ser o que quiser ser. Por favor, não sejam responsáveis por aumentar o número de clientes nas farmácias, psiquiatras ou psicólogos. Vocês não sabem o quanto é difícil sair desse redemoinho que acabei entrando e que muitas pessoas entram sem perceber.
E para nós, que já estamos nesse barco onde as ondas batem furiosamente e não sabemos o que fazer para achar terra firme, tenhamos força, persistência e se você puder, nunca fuja da terapia. Ela é um alívio é um momento muito importante para nós percebermos e tentarmos sair dessa situação.
Beijos para todos e peço que essa postagem chegue ao maior número de pessoas, pois na minha opinião enquanto pessoa com transtorno de ansiedade, é um post de utilidade pública.

PS: perdoe os erros ortográficos, estou escrevendo pelo ditado do celular e nem sempre consigo revisar se está tudo certinho. Pra quem não sabe, tenho deficiência visual e motora, então, fica difícil digitar.

terça-feira, 7 de março de 2023

Montanha mais que russa

 Oi povo, tudo bem? La venho eu me lamuriar de novo. Mas a final, foi pra isso que criei esse espaço.

Ha meses atrás tive a temida Covid. Não senti nada alem de um resfriado. O problema é que piorou minha doença muscular. Hoje são raros os dias que não estou cansada e com dor. A fraqueza é que mais incomoda.

E junto vem o mau humor, a depressão, a vontade de desistir… e a solidão, pois obviamente, ninguém quer ouvir reclamação o tempo todo. E você também não quer mesmo interação social.

E quanto ao social… você é tachada de preguiçosa, mimizenta, antipatica e até mentirosa. Até eu mesmo me xingo, pois minha mente quer fazer varias coisas, é super ativa, mas o corpo não acompanha.

Em fim, vamos levando a vida como se pode, um dia de cada vez. E que a Espiritualidade me ampare, porque de minha parte…

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

o que é a deficiência pra você

Olá, tudo bem? Hoje eu vim falar sobre uma coisa que li para fazer um trabalho de psicanálise, pois estou fazendo um curso superior , o primeiro do Brasil. E esse trabalho era sobre deficiência. Vou falar sobre o que descobri com esse trabalho.

 Uma das coisas que mais se fala é: nós somos espelho para o outro, ou seja: o outro nos enxerga pelo seu próprio prisma, pelo que ele é. Por exemplo: eu sou uma pessoa inconscientemente invejosa. Dai, eu acho que todas as pessoas a minha volta tem inveja de mim. Mas é porque eu tenho inveja dos outros.

Então, com o deficiênte seria mais ou menos o seguinte:  elas enxergam a deficiência pelo seu próprio prisma, ou seja: eu sou cega, dai alguém que enxerga, ao me ver, pensa que se fosse eu, não faria nada do que  faço; então el me trata como se eu fosse incapaz, sendo que ela é que se acha incapaz. Então essa pessoa fica desconsertada quando me vê, me ignora ou simplesmente me odeia de forma gratuita, porque eu a lembro de sua própria incapacidade, de sua própria imporfeição ou e finitude. Ela se projeta atravéss de mim.

Daí surgem os preconceitos da vida. E dai que o deficiente se torna ainda mais deficiente: pelas barreiras atitudinais. Vou dar um exemplo baseado na minha deficiência, que é a que eu conheço: sou cega e deficiênte física; se eu vou na sua casa e você não deixa eu fazer absolutamente nada, minha deficiência se torna evidente. Porém, se você me mostra onde ficam os cômodos, os utensilios de cozinha e tudo mais, minha deficiência se torna um mero detalhe, porque eu consigo fazer tudo o que você faz. E se sua casa tiver uma rampa ou barras de apoio, melhor ainda.

Claro que vão haver algumas coisas que uma pcd não vai poder fazer, independente de eu querer ou não. Exemplo, quando eu vou em uma casa que não é a minha, me servir almoço ou jantar fica complicado, dai eu prefiro que alguém me sirva. Mas são pequenos detalhes.  Mas fora isso, tudo normal.

Então, quando você ver um deficiente, não julgue a ele por seu próprio prisma. Adapte aquilo que for necessário, pergunte a ele como ajudá-lo e não o ignore nem o odeie, ele não tem culpa de seus próprios problemas consigo mesmo. Nos torne capazes, não faça com que nos sintamos ainda mais deficientes.

E sim, você é muito mais capaz do que pensa. Se você estivesse no meu lugar, poderia fazer ainda mais do que eu. A sobrevivência e a plasticidade cerebral nos levam a isso. Então saiba: você é muito melhor do que imagina!.


segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Quem perdeu as eleições

                Bom dia, pessoal, como estão? Cada um está com um tipo de humor hoje, já que esse post é pós eleição. Quem perdeu as eleições a final? Será que foi a direita mesmo?

Na minha opinião, quem perdeu fomos todos nós, enquanto sociedade. Perdemos a partir do momento em que nos descobrimos como animais, como seres que deveriam aprender a dialogar, pois entre os animais, nós temos o dom da palavra, mas utilizamos essas mesmas palavras para magoarmos,, para impormos nossas opiniões, para desfazermos amizades.

Descobrimos que não nos importamos com ninguém, nem familia; perdemos o senso de conservação, só estamos com o senso de crianças mimadas e idiotas.

E tudo isso pelo que? Para defender pessoas que quando estivermos doentes, sozinhos, sem dinheiro e muitas vezes sem ter nem o que comer, não estarão lá para nos estender a mão. E aqueles que poderiam fazer isso, nós afastamos para defender seres que colocamos em um pedestal como salvadores da pátria, mas que não são capazes de nos salvar nesses momentos difíceis.

Então, perdemos familiares, amigos, saúde, paz... Enquanto isso nossos salvadores ganham status, dinheiro, visibilidade... 

Por isso eu pergunto: quem foi mesmo que saiu perdendo nessa palhaçada toda? Fui eu, você, foi a sociedade. Que Deus nos perdoe por esse péssimo uso das palavras, um dom dado a uma só espécie, mas tão irracionalmente usada.

 E que consigamos utilizar o que nos resta da tal racionalidade para nos lembrarmos de que no final de tudo, o que importa são os afetos verdadeiros, as pessoas que estão lá quando você tá na pior. Que ainda h    aja tempo para isso.