terça-feira, 29 de maio de 2018

DE QUEM É O PRECONCEITO?

Oi, pessoal, como estão vocês? Eu estou bem, acompanhando essa loucuragem brasileira, mas não muito, pra não entrar na pilha. Hoje vim falar sobre um assunto muito controverso, e até dificil de tratar: nossa não autoaceitação e o preconceito que vem de fora; mais especificamente, até onde o preconceito que vem de fora nos atinge mais do que nosso próprio preconceito. Li um texto sobre o assunto, e ele explica bem que na infância, quando ainda não temos uma opinião formada sobre nada, os comentários feitos pelos outros nos atingem, e muito, e é bem normal. Mas muita gente, depois de adulta, se incomoda com esses comentários, e até acaba ocupando, mesmo que inconscientemente, o lugar de vítima de uma sociedade machista, racista, gordofóbica, homofóbica, xenofóbica, que tem medo dos deficientes, dentre outros adjetivos que rotulamos a sociedade. Então optamos por dois caminhos: ou chocar, através de comportamentos excêntricos, ou tentarmos nos encaixar naquele padrão imposto. Mas no fundo, o que acontece é que nós não nos aceitamos como somos. Não nos aceitamos com nosso corpo mais gordinho, com nossa cor negra, com nosso comportamento feminino ou por ser mulher, não nos encaixamos no comportamento do país onde estamos no momento ou não aceitamos nossa deficiência. Penso isso porque, se realmente nos aceitássemos como somos, com todos nossos defeitos e qualidades, não nos esforçaríamos nem para chocar, nem para nos encaixar, seríamos nós mesmos, e a sociedade nos aceitaria por aquilo que somos. E caso soframos realmente um comportamento agressivo por parte de alguém por causa da nossa condição, façamos com que se cumpra a lei e pronto, nada mais. Se formos verificar a história, as pessoas consideradas fora dos padrões que deixaram seu nome gravado em nossas memórias, não se esforçaram nem para chocar, nem para se encaixar; foram elas mesmas e foram respeitadas pelo que eram. E se alguém não concorda com nosso comportamento, não consegue lidar com nossa deficiência, nossa forma física, é um problema da pessoa, não nosso. É um problema que ela vai ter que resolver em uma terapia ou algo do gênero. E de mais a mais, Jesus Cristo, que é o filho de Deus, não foi aceito por todos, e nem forçou ninguém a aceitá-lo. Por que, na nossa arrogância, precisamos da aceitação ou aprovação do outro? Por que precisamos obrigar o outro a conviver conosco e nos aceitar por sermos mulheres, negros, homossexuais, gordos ou deficientes, dentre outros? Deixemos nosso orgulho de lado! Eu me vitimizava até um tempo atrás, até aprender que haviam problemas em mim que não estavam bem resolvidos, e isso não era culpa de ninguém, nem preconceito. E ainda há coisas a resolver em mim, mas já deixei de exigir dos outros algo que eles não possuem e nem são obrigados a possuir. Vejam bem, isso não quer dizer não lutarmos por nossos direitos, só quer dizer não levarmos tudo a ponta de faca, não levarmos tudo a ferro e fogo. Exijamos sim nossos direitos, mas conscientes de até onde isso é uma satisfação de nosso próprio ego ou um direito real,. Então, o que quero dizer com isso é: exija menos a aceitação alheia, se vitimize menos e se aceite mais. Só assim, sem querer ser melhor ou se achar pior que ninguém, você será, realmente, respeitado. PS: o texto representa uma opinião minha e do autor do texto lido por mim, com a qual concordo; não é uma verdade absoluta e você pode discordar o quanto quizer, só faça o favor de, se for comentar, não xingar, para manter o nível do blog, ok?

Nenhum comentário: