domingo, 18 de outubro de 2009

momento filósofa

Ontem, cantando no chuveiro, lembrei da musica Maria Maria, de Milton Nascimento, e pela primeira vez, prestei atenção na letra. Analisando-a, percebi que ela é um retrato da mulher brasileira.
Da mãe, que trabalha 2, 3 turnos, e ainda encontra tempo para ser mãe, dona de casa, esposa carinhosa e molher vaidosa, que se preocupa com sua beleza e outras coisas mais. Das mulheres pobres, que trabalham duro cortando cana, ou fazendo fachina nas casas de rico, muitas vezes, aguentando humilhações, mas estão sempre com um sorriso no rosto, sem deixar transparecer seu cansaço extremo!
Falando em humilhações, ainda existem as mulheres, que por motivos que desconhecemos, por isso, não podemos julgar, sofrem maus tratos dos maridos em casa. Sofrem com agressões verbais ou física, e precisam transparecer à seus filhos e parentes que está feliz, que está tudo bem, precisam passar segurança aos filhos, mesmo que sozinha, ela se acabe de chorar.
Também há aquelas mulheres guerreiras, mães de filhos com deficiencia, que muitas vezes são abandonadas pelos maridos e se vêm sozinhas, precisando trabalhar e tomar conta daquele filho que precisa tanto de sua ajuda. Mesmo sofrendo, lá vai ela, ser a mãe carinhosa, a dona de casa dedicada e sempre com o sorriso e a delicadeza típicas.
E falando em deficiência, as mulheres excluidas, sejam elas as deficientes, as negras, as mães solteiras, sempre tem que demonstrar força, jeitinho, jogo de cintura, para driblar os preconceitos, mesmo que mascarados. Mesmo que ao chegar em casa elas se sintam humilhadas, pisadas, elas precisam demonstrar força, garra, e nunca se deixam abater: vão a luta por seus sonhos e pela sua felicidade e a felicidade dos que a rodeiam.
Por isso, se você tem uma dessas mulheres ao lado, valorize, dê muito carinho a elas, porque apesar de parecermos uma rocha, de ao contrário do que dizem, não sermos o sexo frágil, muitas vezes, precisamos de carinho, de um simples elogio, ou de uma palavra.
Cada vez que ouvir essa musica, Maria Maria, lembre-se que com certeza, você está do lado de uma dessas Marias e nem se dá conta.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

minha vida daria um livro

ontem, em viagem de volta pra casa depois de uma noite de aula, uma colega disse: "vc poderia escrever um livro.". Ela se referia às histórias de faculdade que vivemos juntas, que não são poucas. Das várias horas de espera quando o prof largava as 8:30 h, e nós, como somos de outra cidade, tinhamos que esperar até as 10:30. Ou das caronas que ela me dava e ficavamos eu, ela e uma outra colega, só falando besteira. Sem falar nas histórias que ouvimos na aula. Nossa turma é ilária!
Mas, pensando bem, eu podia escrever um livro sobre minha vida. Aliás, minha vida não foi nada fácil! Desde pequena visitas aos hospitais da capital, que fica a 10 horas de viagem daqui; aliás, nunca mais quero ver POA na vida!!! Ou das dificuldades normais da vida e da deficiencia visual, que não são poucas. Ou também de minhas próprias dificuldades internas, que tô demorado um pouco pra superar. Aliás, acho que tô demorando um bocado de tempo pra amadurecer.
Mas, acredito que todo o sofrimento é um aprendizado. A gente sempre tira algo bom dos sofrimentos. A melhor coisa que se aprende quando se precisa das pessoas é a humildade, e aprender a ser humilde, vale qualquer sofrimento. Por isso que todas as noites em minhas horações, agradeço por todos os meus sofrimentos. Todos deveriam fazer o mesmo.